O eurodeputado Nuno Melo, eleito pelo CDS/PP, no seu comentário desta quinta-feira, 13 de Abril, começou por falar sobre a regularização dos precários que será alargada, dizendo que “o que é desejável, do ponto de vista individual, é a máxima possível estabilidade do emprego”.
Segundo o eurodeputado, o Contrato de Trabalho “é intuído pela entidade patronal, como sendo quase um trabalho para a vida”, “o que acontece é que os empregadores não celebram contratos sem termo, não porque não querem assumir essa responsabilidade” referiu o Comentador da RC.
“O que nos leva á velha discussão sobre a flexibilidade, que não é sobre a facilidade para despedir”, mencionando que na sua opinião é “uma realidade na legislação laboral, que tenha em vista a estabilidade do emprego (…) mas, desde que justificadamente, o vinculo possa cessar”.
“Isso cria um dinamismo no próprio mercado de trabalho em que os empregadores tendem a contratar, sem termo, mas ao mesmo tempo quem perde o vínculo, tende a conseguir outro emprego com mais facilidade”, esclareceu o Comentador da RC e “quando se diz que em Portugal os contratos a termo são muito mais do que os contratos sem termo, tem que se comparar também as leis de Portugal com as leis laborais do resto da união europeia”, atirou.
Sobre o as noticias que indicam que o Governo quer avançar com modelo fiscal para que a banca possa abater ao IRC perdas por imparidade, Nuno Melo indicou que “desejavelmente o sistema deve tentar reduzir, quando de boa fé, os prejuízos dos Bancos”, porque “os prejuízos dos bancos, são os custos dos contribuintes”, disse logo de seguida.
Em torno das notícias que dão conta de um convite a Mário Centeno, Ministro das Finanças, para liderar o Eurogrupo, o Comentador Nuno Melo começou por afirmar, “é talvez a ficção pior contada da política recente portuguesa”.
Segundo o eurodeputado, os “governos de socialistas ou de esquerda são maioritários, o que significa que a escolha do presidente do euro grupo recairá, tendencialmente, sobre alguém de esquerda” e se houvesse um convite ao ministro Mário Centeno, “não seria propriamente apenas pelos seus particulares méritos, antes sim porque á poucos ministros socialistas e muitos dos outros não têm manifestado disponibilidade”, acrescenta Nuno Melo.
Estabelecendo ligação com as notícias recentes, o “sondado é diferente de ser convidado” e terminou a dizer que “leva a crer, francamente, que tudo não passa de uma bela peça de ficção” em que o Governo Socialista “tenta valorizar o seu Ministro através de uma meia história”.