O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 29 de Maio, começou por falar sobre a Cimeira anual luso-espanhola, em que o Primeiro-ministro António Costa propôs maior cooperação entre as regiões transfronteiriças.
Sobre as declarações do Primeiro-ministro, o Comentador da Rádio Campanário diz que “temos um conjunto de trabalhos realizados, sobretudo pelos autarcas, que tem funcionado em pleno” e diz ainda que “estas medidas são aqueles anúncios que de vez em quando aparecem com muita vontade de fazer coisas”.
António Costa da Silva questionou ainda se “o Governo fez alguma coisa em relação a Almaraz” e afirmou que “isso é que são matérias que nos interessam”.
Em torno da Central Nuclear de Almaraz, o Comentador da RC refere os esforços do Parlamento Português e dos eurodeputados portugueses, e quanto ao Governo fez “precisamente nada”.
“O Governo, em Portugal tem voz grossa perante os portugueses”, e quando se fala na Comissão Europeia e perante “os nossos vizinhos” tem “uma voz muito soft”, diz o deputado acrescentando que “era uma situação que podia ficar, desde já, resolvida” e “estamos a permitir que os espanhóis possam avançar com o projeto em concreto”.
Sobre uma medida que integra o plano de descentralização do Estado para o poder local, onde as autarquias vão receber 65% das coimas de estacionamento em ilegal, refere não acreditar que o equilíbrio social “seja feito através de taxas e multas”.
“Se for uma medida que acrescente qualquer coisa (…) interessa para que haja uma conversão entre aqueles que têm maiores dificuldades perante aqueles que têm mais capacidade”, refere o Comentador da RC, mencionando não ver com bons olhos “uma repartição global pelas autarquias”.
Sobre o acordo ferroviário, agora cumprido por Espanha, com a eletrificação da linha que liga Vilar Formoso a Salamanca, António Costa da Silva diz que “qualquer medida que leve a que os dois Estados em conjunto, consigam harmonizar aquilo que tenha a ver com os transportes ferroviários (…) dão nos vantagens muito significativas”.
O turismo, através do alívio dos aeroportos e de outros meios de transporte, e quanto às mercadorias “é um potencial económico muito grande. “Quer em termos de passageiros (…) mas também de mercadorias, são muito importantes mas tem que ser feito”, referiu o deputado social-democrata.