Teve início na manhã de ontem, 29 de dezembro, no Hospital José Joaquim Fernandes (HJJF), em Beja, a vacinação contra o Covid-19 no Baixo Alentejo.
A primeira fase de vacinação envolveu os profissionais da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), sendo que a médica internista Vera Guerreiro, de 40 anos, foi a primeira a ser vacinada contra a Covid-19 no Hospital de Beja, considerando que a partir de agora existe “uma arma” que pode alterar o rumo do combate à pandemia, avança o Lidador.
Vera Guerreiro, que tem coordenado as adaptações à Covid-19 no hospital bejense, foi vacinada cerca das 9h00 desta terça-feira, 29, e em declarações exclusivas ao “CA” frisou que a campanha de vacinação “é extremamente importante” para alterar “o balanço das coisas” e a evolução da pandemia.
Ao longo do dia de ontem foram vacinados 180 profissionais do HJJF, tendo-se seguido depois os restantes 232 afetos as outras unidades de saúde identificados pelo Conselho de Administração da ULSBA, como sendo “prioritários”, diz o Lidador.
Vera Guerreiro reconhece que a vacinação é apenas “um primeiro passo” numa batalha que está longe de estar terminada.
“Vai ser um processo demorado, porque são muitas pessoas para vacinar à medida que haja disponibilidade de vacinas. Isto não se faz de um dia para o outro, como é óbvio”, diz a médica, que depois de receber a vacina ficou meia hora em “vigilância”, antes de regressar às consultas e à “rotina do dia-a-dia”
Recorde-se que em janeiro chegarão outras remessas de vacinas e a segunda fase da vacinação vai abranger as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI’s), visando os profissionais e os utentes residentes nesses locais.
As vacinas chegaram ao Hospital de Beja às 20,30 horas de segunda-feira, envoltas em polémica depois do bloqueio em Évora, por parte da PSP da carrinha que as transportava e da escolta da GNR, mas às 09,00 horas desta terça-feira, a vacinação começou conforme estava programada.
