12 C
Vila Viçosa
Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Medicamentos a crédito atingem recorde de 76 milhões de euros, de acordo com a ANF

A Associação Nacional de Farmácias (ANF) divulgou que, em resultado da pandemia COVID-19, o crédito concedido pelas farmácias aos portugueses atingiu um valor recorde de 76 milhões de euros.

De acordo com o comunicado da ANF, “cada farmácia adianta medicamentos sem custos a 163 portugueses, o que permite estimar entre 450 mil e 500 mil portugueses beneficiários de créditos na rede portuguesa”. A estimativa é da Adjustt, equipa de consultoria da Glintt, “com base na contabilidade real de uma amostra de 625 farmácias de todos os distritos do continente e ilhas”.

A ANF referiu ainda que “em março, as farmácias reforçaram em 7,8 milhões de euros as dispensas de medicamentos a crédito em relação ao mês anterior”. Segundo o presidente da ANF, Paulo Cleto Duarte, “durante a pandemia, as farmácias assumiram o objetivo de garantir o acesso a medicamentos e produtos de saúde a todos os portugueses, em condições de igualdade em qualquer ponto do território”, frisando ainda que “a nossa rede atravessa uma crise, com 26% das farmácias a enfrentarem processos de insolvência e penhora, mas continua a confiar nos portugueses e a merecer a sua confiança”.

Cada farmácia, em média, acumula 26323 euros de créditos à comunidade que serve. “Felizmente, o Estado já não acumula dívidas como há dez anos, o que permite concentrar o nosso esforço de liquidez nos portugueses com necessidades reais, que as farmácias conhecem bem”, declara Paulo Cleto Duarte.

No mês de março, cada farmácia assumiu o risco de adiantar 1027 euros de comparticipações a doentes sem receita médica. “As farmácias assumiram este risco para evitar a interrupção do tratamento dos doentes crónicos. Isso só foi possível graças ao bom entendimento das Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos, que chegaram a um consenso para a renovação da dispensa na farmácia, por dois meses, com respeito pela última prescrição médica e com a devida comparticipação”.

Populares