No âmbito de um protocolo assinado entre a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) e as autoridades da região do Zaire, em Angola, os profissionais angolanos que se possam deslocar a Portugal, irão receber formação em Portalegre.
O projeto integra a ULSNA, composta pelos hospitais de Portalegre e Elvas e pelos 16 centros de saúde espalhados pelos 15 concelhos do distrito de Portalegre, e a Direção Provincial de Saúde da Província do Zaire que coordena seis hospitais, distribuídos pelo mesmo número de concelhos.
À Rádio Campanário, José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, disse que o Norte Alentejano “mostrou-se disponível para o desenvolvimento desta atividade”, podendo “estender-se a outras sub-regiões da região Alentejo e a outros países das CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) ”.
José Robalo refere que “são formações em serviço, o que quer dizer que todos os médicos angolanos que vieram para o Norte Alentejano vão acompanhar os profissionais da mesma área de especialidade no sentido de perceberem como é que nós trabalhamos e também incluírem no seu conhecimento, as técnicas que utilizamos”.
Robalo diz que o mesmo pode acontecer, “serem profissionais nossos a deslocarem-se a Angola, e nesse contexto, será exatamente o mesmo critério”.
O presidente da ARS Alentejo realça que o protocolo, assinado entre a Direção Geral de Saúde, a ARS Alentejo e a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, vem no sentido de “promover nessa região algum conhecimento da nossa prática diária e do que nós consideramos boas práticas em termos de cuidados de saúde”.