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Megacentro de dados em Sines vai criar 1.200 postos de trabalho estará funcional no início de 2023

Sines vai receber um megacentro de dados com um investimento total de 3,5 mil milhões de euros. Segundo o primeiro-ministro, António Costa, na altura da apresentação do projeto, “O Sines 4.0 será um dos maiores ‘campus’ de centros de dados [‘Hyperscaler Data Centre’] , um dos maiores projetos da Europa e que procura dar resposta à crescente procura de grandes empresas internacionais de tecnologia fornecedoras de serviços de ‘streaming’, ‘social media’, ‘ecommerce’, ‘gaming’, educação ‘online’, videoconferência e outros de processamento e armazenagem de dados e de aplicações empresariais”.

A empresa é detida pela americana Davidson Kempner Capital Management e a britânica Pioneer Point Partners, tal como a RC noticiou em abril deste ano, o projeto pretende criar 1.200 pontos de trabalho diretos altamente qualificados.

O megacentro de dados vai ter diferentes fases de abertura, sendo que o edifício Nest, que irá iniciar funções no primeiro trimestre de 2023, e que representa um investimento entre os 100 e 110 milhões de euros, segundo avança o Jornal de Negócios. 

No projeto inicial estava previsto a criação de cinco edifícios com capacidade de fornecimento de 450 MW de energia aos servidores, mas agora prevê-se que sejam nove. Ou neste caso, oito edifícios mais o Nest, que vai funcionar como projeto-piloto, por ser o mais pequeno do campus, contendo apenas um piso e uma capacidade de 15 MW. Os restantes edifícios terão quatro pisos, com uma capacidade de 495 MW, ainda que mais pequenos que inicialmente estava previsto.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, Afonso Salema, diretor de gestão da start campus, diz que “a mudança permitiu um reforço das valências ambientais do terreno, tendo como objetivo uma integração mais suave com o parque natural, de forma a que o complexo não tenha um aspeto industrial. O reforço da densidade energética dos edifícios procurou responder às necessidades dos seus clientes futuros, onde se incluem a Amazon, a Netflix e a Google. Mas ao mesmo tempo, a mudança dos planos permite acelerar o prazo de entrega do projeto e tornar Sines mais competitiva na oferta a nível europeu.”
“Afonso Salema acredita que Sines 4.0 será um produto único e atrair clientes entre a grande competição de oferta de grandes centros de dados na Europa. Nesse sentido, o Nest será uma espécie de chamariz, uma “demonstração” do potencial do investimento em Sines, enquanto o resto do empreendimento empresarial continua a ser construído. E nas suas palavras a certeza de que o campus vai ser um dos maiores criadores de valor acrescentado bruto do país, “se não o maior”.”

Fonte:tek.sapo

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