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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Megacentro de dados em Sines vai criar 1.200 postos de trabalho, num investimento de 3,5 mil milhões de euros

É hoje  apresentado , numa cerimónia que participam, entre outros governantes, o primeiro-ministro, António Costa, “O Sines 4.0 será um dos maiores ‘campus’ de centros de dados [‘Hyperscaler Data Centre’] , um dos maiores projetos da Europa e que procura dar resposta à crescente procura de grandes empresas internacionais de tecnologia fornecedoras de serviços de ‘streaming’, ‘social media’, ‘ecommerce’, ‘gaming’, educação ‘online’, videoconferência e outros de processamento e armazenagem de dados e de aplicações empresariais”.

Conforme adianta a empresa responsável à Agência Lusa, o novo megacentro de dados será “a infraestrutura central de última geração no coração do projeto Sines 4.0”, combinando “as necessidades da nova era da informação e da transição digital com a posição geográfica única de Sines” e “contribuindo significativamente para a transição energética de Portugal”.

O objetivo da start campus é que o Sines 4.0 tenha “uma pegada de carbono líquida zero, garantindo preços de energia competitivos a nível global, segurança, estabilidade e ‘compliance’ em segurança de dados”, refere a mesma fonte.

O projeto prevê, segundo avança a Agência Lusa,  a construção de cinco edifícios com capacidade útil de fornecimento de 450 Megawatts (MW) de energia aos servidores, com 90 MW cada, e ficará localizado nos terrenos contíguos à recentemente encerrada central termoelétrica a carvão de Sines e prevê a criação de 700 a 1200 postos de trabalho, conforme avançou o secretário de Estado da Internacionalização:

“Estamos a falar de um investimento que tem potencial – segundo informação da própria empresa – para ter aproximadamente entre 700 a 1.200 postos de trabalho e que tem, evidentemente, a possibilidade de sermos prestadores de serviços. Estamos, no essencial, a falar de um ‘data centre’ que, mais tarde, irá transacionar serviços com o exterior. Portanto é, ao mesmo tempo, um grande investimento estrangeiro com enorme potencial de exportação de serviços”, realçou o responsável à Agência Lusa.

De acordo com a empresa start campus, o Sines 4.0 beneficiará, assim, “de todas as vantagens estratégicas deste local, como a refrigeração com água do mar, acesso à rede elétrica de alta tensão, conectividade através da ligação a cabos de fibra ótica internacionais de alta capacidade com a América do Norte, África e América do Sul e utilização potencial de energia 100% verde e ambientalmente sustentável, com indicadores de consumo de água e criando PUE (‘Power Usage Effectiveness’) altamente eficientes”.

“O Sines 4.0 contribuirá para Portugal reemergir como ‘player’-chave no mercado internacional de dados e conectividade e construir a próxima etapa dos 150 anos de história do país como ponto de ligação europeu nas telecomunicações globais”, sustentam os promotores.

Segundo referem, o projeto “alavanca a posição geográfica estratégica de Sines e Portugal no extremo da Europa através dos novos cabos submarinos agora a entrar em operação, em construção ou em desenvolvimento”, nomeadamente o EllaLink (ligando Portugal à Madeira e América do Sul), Equiano e 2Africa (ligando todo o continente africano à Europa através de Portugal).

“Portugal pode, assim, voltar a ser o principal ‘hub’ de dados entre a Europa, as Américas, África e outros e tornar-se a porta de entrada para a multiplicação da conectividade transatlântica”, realçam.

O projeto Sines 4.0 está a ser desenvolvido pela start campus em parceria com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a Câmara Municipal de Sines e o Governo português, através dos ministérios da Economia e Transição Digital, do Ambiente e da Transição Energética, dos Negócios Estrangeiros e da Internacionalização e das Infraestruturas e da Habitação.

 

 

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