Estremoz, 18 de maio de 2024 – A Feira Medieval de Estremoz, agora denominada Mercado Medieval, marca mais uma vez a história do município e do concelho. O Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Professor José Sádio, explicou as adaptações necessárias para a realização do evento deste ano, mantendo viva a tradição e a ligação à comunidade.
“Este ano o Festival da Rainha transformámos em Mercado Medieval,” afirmou José Sádio. “Percebemos que havia duas questões em concreto que não nos garantiam, na altura, que pudéssemos usar o espaço onde normalmente se faz o festival medieval.” Em causa estavam a concessão do espaço no âmbito do programa Revive e a intervenção projetada no muro junto à Capela do Senhor dos Passos.
O programa Revive, que visa a concessão de imóveis do Estado a privados para projetos de turismo e restauração, incluía os terrenos onde a feira medieval normalmente se realiza. “Na altura não sabíamos qual seria a tramitação e os timings,” explicou o Presidente. Além disso, a probabilidade de ter um estaleiro montado no local devido às obras no muro era alta, impossibilitando a realização segura do evento.
Para evitar um hiato no festival, a Câmara Municipal e a direção da Escola Secundária de Estremoz decidiram realizar o Mercado Medieval no mercado semanal da cidade. “É uma forma de sinalizar, manter viva a chama, manter as pessoas mobilizadas, os pais, os alunos, os professores, toda a comunidade,” destacou José Sadio. “Estaremos toda a manhã a animar o nosso mercado com o mercado medieval e para o ano cá estaremos seguramente com outras condições.”
A decisão de manter o evento no mercado semanal foi também uma forma de honrar o Professor Barroso, da Escola Secundária, um dos grandes mentores da Feira Medieval, que se aposenta este ano. “Entendemos que havia condições para, no nosso mercado semanal, um mercado único, torná-lo uma manhã de mercado medieval,” explicou o Presidente.
Sobre a concessão do espaço pelo programa Revive, José Sádio esclareceu: “Aqueles terrenos, aqueles imóveis, são do Ministério da Defesa, que os colocou no programa Revive para concessão a privados para reutilização do espaço em projetos de turismo, hotelaria e restauração.” O processo está em fase de decisão, e o futuro uso do espaço ainda é incerto, dependendo dos projetos que serão apresentados e aprovados pelas entidades competentes.
Quanto ao futuro do Mercado Medieval, José Sádio expressou esperança de que no próximo ano a feira possa ser realizada com mais segurança e estabilidade. “Esperamos que teremos tempo para perceber não só a questão do muro, que acredito será resolvida, mas também o projeto do novo dono do espaço, para analisar as possibilidades no centro histórico,” concluiu.
Este ano, apesar das adversidades, Estremoz conseguiu manter viva a tradição do Mercado Medieval, adaptando-se às circunstâncias e continuando a celebrar a rica história e cultura do concelho.