O arqueólogo Cláudio Torres irá receber dia 11 de janeiro, data em que comemorará o seu 81º aniversário, em Mértola, a Medalha de Mérito Cultural atribuída pelo Governo em reconhecimento da sua vida dedicada à investigação histórica e às causas do património cultural e da arqueologia peninsular.
Cláudio Torres, nos anos 60, com 21 anos e estudante de Belas-Artes no Porto sofreu perseguição por parte da polícia do regime, pois o arqueólogo era oposicionista ao regime de Salazar tendo sido preso durante algum tempo.
O arqueólogo permaneceu exilado algum tempo, em países como Marrocos e Roménia, onde acabou por concluir a sua licenciatura em História e Teoria da Arte na Universidade de Bucareste.
Em 1974 regressou a Portugal e iniciou a atividade de docente no Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sendo que, em 1978 a convite do primeiro presidente da Câmara Municipal de Mértola, António Serrão Martins, fundou o Campo Meteorológico de Mértola que atualmente ainda dirige.