Mértola vai receber novamente o Festival Islâmico, entre os dias 18 e 21 de maio.
O Souk (mercado), vai receber os mais variados produtos de artesanato, doçaria, produtos regionais alentejanos e tecidos provenientes, não só do alentejo, como de países islâmicos, como Marrocos, Tunísia e Egito.
O Festival Islâmico de Mértola, com periodicidade bienal, é uma organização do Município de Mértola e distancia-se do conceito de feira medieval, assumindo-se como um festival de arte islâmica contemporânea que conta com 30 parceiros que incluem entidades locais, regionais e internacionais, fortemente ligadas à comunidade e cultura árabe. Durante os 4 dias é possível visitar e explorar vários espaços e dinâmicas, como o mercado de rua, concertos ao vivo, exposições, oficinas, uma zona de orações e experienciar o presente de um mercado árabe real, com comerciantes reais, sem encenações ou recriações históricas.
Com mais de 20 anos de existência, o Festival Islâmico de Mértola é uma das mais importantes manifestações culturais do Baixo Alentejo. “De génese marcadamente cultural e patrimonial, com fortes raízes territoriais, o Festival Islâmico de Mértola tem a sua base no trabalho arqueológico realizado sobre o património de Mértola, em particular, o referente ao período Islâmico”, explica Rosinda Pimenta, Vice-Presidente e Vereadora da Câmara Municipal de Mértola.
Este ano o Festival apresenta uma nova imagem e logotipo, inspirados numa tigela de cerâmica datada da 2ª metade do século XII, encontrada na alcáçova do castelo de Mértola. Esta descoberta insere-se nos trabalhos arqueológicos realizados no património da vila e reforça a importância estratégica da antiga cidade de Mértola e a sua relação com a cultura islâmica.
O Festival Islâmico de Mértola tem entrada livre e na passada edição contou com 50 mil visitantes. Este ano são esperadas 60 mil visitas, neste que é dos eventos mais relevantes do distrito, e que tem como objetivos, além da divulgação do conhecimento sobre a história e o património de Mértola, em particular da época islâmica, também promover o conhecimento, o diálogo, a tolerância e cidadania entre culturas; divulgar a cultura islâmica e produção contemporânea; fortalecer laços culturais, sociais e económicos com o Mediterrâneo e desenvolver a oferta turística muslim friendly.