De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o mês de maio deste ano foi o mais quente desde o ano 1931.
No Relatório Climatológico de Maio, o IPMA salienta que “os valores médios mensais da temperatura máxima (25.40°C) e temperatura mínima do ar (12.60°C) foram os 2º valores mais altos desde 1931, com anomalias de +4.44°C e +2.10°C respetivamente”, e destaca ainda “os valores muito altos da temperatura do ar, muito superiores aos valores normais, na segunda quinzena de maio, em particular a partir do dia 17”.
“Ocorreu em diversas estações da rede de observação de superfície do IPMA uma onda de calor, de Norte a Sul do território do continente, a qual teve uma duração máxima de 16/17 dias e pode ser considerada como uma das mais longas e com maior extensão territorial para o mês de maio”, acrescenta.
O valor médio da quantidade de precipitação em maio, que foi de 51.2 mm, corresponde a 72% do valor normal entre 1971-2000.
O IPMA destaca ainda as “condições de instabilidade atmosférica verificadas durante alguns períodos do mês (9-16 e 26- 31) que originaram a ocorrência de aguaceiros, que foram localmente fortes, por vezes de granizo e acompanhados de trovoada”.
A chuva ajudou a que tenha havido “uma diminuição da área e da intensidade da seca meteorológica na região Sul”. No entanto, no interior Norte, “voltou a surgir a classe de seca fraca”.
Em relação à Primavera, o IPMA classifica-a como “muito quente em relação à temperatura do ar e normal em relação à precipitação”.
O valor médio da temperatura média do ar foi superior ao normal (+1.51°C) sendo o 8º valor mais alto desde 1931 e o 4º valor mais alto desde 2000. Já o valor médio da temperatura mínima do ar foi o 6º valor mais alto desde 1931 e o 3º valor mais alto desde 2000 e o valor médio da temperatura máxima do ar foi o 5º valor mais alto desde 2000.
Pode consultar aqui o Relatório Climatológico de Maio de 2020, do IPMA.