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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Mestre Rolo “é um grande artista, que vai ficar na história do concelho de Estremoz”, diz Presidente do Município na inauguração da exposição do artista (c/som e fotos)

No passado sábado, dia 20 de janeiro, decorreu a inauguração da exposição «Tesouro da Arte Popular de Estremoz», do artista Mestre Rolo, patente na Galeria D. Dinis, em Estremoz, até 31 de março, inserida no Ano Europeu do Património Cultural.

Em declarações à Rádio Campanário, Joaquim Carriço, conhecido por Mestre Rolo, autor das peças expostas, afirma que “nunca fiz nenhuma peça de que gostasse”.

Não se considera um artista, “não admito assim muito bem, porque fui sempre um ladrão”, explica, “Um aldrabão porque me fizeram ser. Só seria um artista se houvesse alguma entidade” que o tivesse contratado pelo ser trabalho artístico.

Explica o seu descontentamento com as peças criadas, afirmando que “o impossível é que eu gostava de fazer” e que gostaria de ter ido “mais além”.

Na exposição apresentada, surge um trabalho “tão miudinho e minucioso que não se vê. Assim é que gostaria de fazer todas as peças, coisa que não fui capaz de fazer”.

O Mestre Rolo deixa o convite às “pessoas que gostam de artesanato” que visitem e apreciem os seus trabalhos.

Luís Mourinha, Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, afirma que o Mestre Rolo “é um grande artista, que vai ficar na história do concelho de Estremoz, não só pelo trabalho, mas como pessoa”.

Tendo conhecido o artista toda a sua vida, o autarca descreve-o como “um autodidata que me ensinou muita coisa”, e uma pessoa muito inteligente, pois, considera, é uma caraterística indispensável para conseguir elaborar as peças apresentadas, que parecem feitas “por uma máquina”. “Isto não está ao alcance de muita gente. Não é um artista de outra galáxia porque é do nosso concelho, mas de outra dimensão, seguramente”.

Não poupando a elogios, o Presidente do Município afirma que o Mestre Rolo “é uma espécie de sacerdote do seu conhecimento para dar aos outros, é uma referência”.

Acresce “o mérito de deixar isto (obras) para a sociedade portuguesa e estremocense em particular”, facto que demonstra “a dimensão da pessoa. Está a dar a todos, mesmo a quem não conhece e se calhar a alguns que dizem mal dele”.

“Muitos querem fazer ao contrário, querem que o Município lhe dê qualquer coisa”, conclui o autarca.

 

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