A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, quer uma agricultura mais “competitiva”, mais “inclusiva” e que não deixe “ninguém para trás”, perspetivando uma nova imagem para o setor no futuro. Na lista dos planos para esta pasta está o regresso da TV Rural, um programa de televisão emitido entre 1960 e 1990 pela RTP, apresentado por Sousa Veloso.
“A TV Rural mostrou uma agricultura que estava a fazer uma mudança radical. E foi graças a esse programa que hoje olhamos para a agricultura e a vemos mais competitiva, mais preparada e que apresenta resultados”, referiu a ministra da Agricultura no Webcast lab – “Agricultura: Agenda para a inovação 2030”, organizado pelo ECO/Advocatus e com o patrocínio da Abreu Advogados.
Maria do Céu Antunes realçou assim a necessidade de voltar a ser emitido o programa que era dedicado aos problemas do setor agrícola. “Estamos a trabalhar para criar condições, seja através de uma televisão, seja através das redes sociais e dos canais disponíveis através da Internet”, explicou.
O principal objetivo é possibilitar a comunicação com públicos-alvo de forma a mostrar que a agricultura é de “ponta”, tecnológica e é um setor moderno onde vale a pena fazer apostas.
Porém, o leque de apostas da inovação e modernização do setor agrícola para os próximos anos é vasto e com uma ambiciosa agenda. Com as exportações agroalimentares a aumentarem a um ritmo de 5% por ano na última década, a pandemia não abalou de forma significativa este setor. Entre 01 de janeiro a 31 de agosto de 2020, as exportações cresceram 3,2%, em termos homólogos.
Apesar de não conseguir prever a manutenção desse desempenho, tendo em conta a previsível contração da economia mundial, na sequência da segunda vaga da pandemia, a ministra da Agricultura garante que o setor se mostrou capaz de dar uma resposta diferente daquilo que era expectável que acontecesse nos últimos meses.