A Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, defendeu recentemente que é necessário o envolvimento do setor privado na construção de dessalinizadoras no Alentejo.
A titular da pasta do ambiente e energia esteve presente na Comissão Parlamentar de Ambiente e Energia, na Assembleia da República, na audição sobre a Gestão de recursos hídricos na região do Algarve e medidas de respostas à situação de seca, onde evidenciou que existem desigualdades ao nível das necessidades de água no Algarve mas também na região Alentejo.
A este propósito a governante exemplificou a discrepância entre as diferentes bacias hidrográficas, algumas acima dos 90% e outras abaixo dos 50% da sua capacidade o que mostra as desigualdades existentes em várias zonas.
A Barragem de Santa Clara continua a ser uma preocupação . No final do mês de maio registava apenas uma capacidade de armazenamento de água de 41,3%.A situação tende a agudizar-se tendo em conta o crescimento do setor da agricultura na região do Mira e o desenvolvimento de Sines. Para minimizar este problema várias entidades como a Águas de Portugal, as Águas do Alentejo e as Águas de Santo André, procuram já soluções.
A construção de duas de dessalinizadoras pode dar a resposta necessária. Contudo, explicou a governante, o setor privado, a par dos investimentos que está a realizar na região do Alentejo, deverá também garantir uma resposta na questão da água necessária para o desenvolvimento dos seus negócios. Caso a construção das dessalinizadoras seja feita com dinheiros público, a Ministra adianta que pode eventualmente vir a ser aplicada uma tarifa especial para compensar o investimento realizado.
Fonte: Portal do Ambiente