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Ministra quer “mobilizar” autarquias alentejanas “para que aproveitem disponibilidade de fundos” de 150 milhões (c/som e fotos)

O Seminário “A Inovação Social na estratégia de Desenvolvimento Regional” decorreu esta sexta-feira, dia 16 de novembro, no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA). Sendo dirigido a autarcas e técnicos dos municípios do Alentejo e Ribatejo, o evento contou com a presença da Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, revelando à Campanário que ao abrigo do fundo Portugal Inovação Social “no Alentejo, neste momento, temos já aprovados 32 projetos que afetam 3 milhões de euros”.

A Ministra acrescenta que “naturalmente, o Alentejo pode candidatar-se em todos os avisos que vamos abrir e que cobrem, ou capacitação de inovadores que precisam de se organizar em marketing, gestão financeira, informatização de procedimentos, gestão propriamente dita do seu projeto”, ou até “parcerias com outras entidades”, à imagem do que está a acontecer na Fundação Eugénio de Almeida.

“Vamos criar no Alentejo aceleradoras que são lugares onde vários projetos podem residir até ganharem corpo para caminharem por si próprios”

 

 

“Vamos criar no Alentejo aceleradoras”, disse Maria Manuel Leitão Marques, explicando “que são lugares onde vários projetos podem residir até ganharem corpo para caminharem por si próprios”. Serão, para já, “cinco aceleradoras no Alentejo”, pelo que “estamos aqui hoje a mobilizar todas as autarquias da região para que aproveitem esta disponibilidade de fundos”, com o intuito de “ou trazer projetos que já provaram, noutras autarquias de outras regiões, ou criar novas ideias que possam depois de aqui ir para outras regiões”.

Questionada sobre as mais valias destes projetos, face aos mais tradicionais, a Ministra considera que “a melhor maneira é ouvirmos aquilo que tivemos aqui hoje e outros projetos podem, por exemplo, combater o insucesso escolar ensinando a programar às crianças, ou combater o desemprego da mesma maneira”, ou “podem combater a solidão ajudando pessoas que vivem sozinhas a ter melhores cuidados de saúde, a poderem ter melhores cuidados em geral e ajudando também que cuida delas”, que é o “projeto Cuida Mais, em Odemira”, entre outros exemplos que passam pela educação e à integração ou combate à desigualdade, dando ainda como exemplo o Projeto Promove do Coração Delta.

Em declarações à RC, Roberto Grilo, presidente da Comissão para a Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, diz que o encontro surge como “uma convocatória […] para a mobilização dos atores da região para o Portugal Inovação Social”.

O dirigente afirma que o programa é “um pilar fundamental da estratégia regional de especialização inteligente”, central em questões como a economia social e a inovação social.

“Estamos a falar de um pilar fundamental da nossa estratégia regional de especialização inteligente”

 

O papel da CCDR no processo passa pela “disponibilização do PO Regional para o efeito”, assim como “tentar proporcionar condições” aos atores, nomeadamente os municípios, para apresentação de candidaturas que “no território da coesão, venha a ser beneficiário às pessoas, e que esse território também se qualifique por essa via”.

Questionado sobre os projetos aprovados para a região no valor de 3 milhões, num total disponibilizado de 150 milhões de euros, Roberto Grilo afirma que “os avisos ainda estão abertos, há projetos que estão a ser maturados ainda para serem feitas candidaturas”. Defende ainda que para além do dinheiro, surge a questão dos recursos, estando a CCDR a trabalhar para “tentar agilizar a forma como são apresentados, para poder haver mais beneficiários, e mais execução dessas verbas”.

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