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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Ministro da Defesa diz em exclusivo à RC que “vai ocorrer com certeza” deslocalização de meios aéreos do Montijo para Beja (c/som)

A sobrelotação do Aeroporto Humberto Delgado de Lisboa, voltou a colocar em cima da mesa a possibilidade de transformar a Base Aérea nº6, no Montijo, num aeroporto complementar para este. Para tal, será necessário deslocalizar a atividade militar no Montijo, nomeadamente para Beja.

Em declarações exclusivas à RC, José Azeredo Lopes, Ministro da Defesa Nacional, avança que estão a ser desenvolvidos projetos “que têm Beja como destinatário”.

A Força Aérea, “pela alteração do dispositivo que vai resultar da instalação do aeroporto complementar de Lisboa” na base do Montijo, está a aproveitar a “oportunidade para (se) projetar […] para outras instalações militares, como Beja”.

Nomeadamente no que concerne à Base do Montijo, confirma que “alguma deslocalização vai ocorrer com certeza”, não avançando, contudo o que implicará. Aponta apenas a necessidade de “que esse plano de reafectação dos meios seja consolidado”.

Estão a ser desenvolvidos “projetos internacionais que serão aplicados em instalações militares do interior”, visando “garantir a vida útil” das mesmas, pois “paga-se caro quando não se pensa o futuro e não se projeta a função dessas instalações para um fim que seja das Forças Armadas”, aponta.

Questionado sobre a possibilidade de serem encerradas instalações militares da região interior do país, diz que apesar de existir atualmente um número menor de militares, que “pode levar a adaptações”, o atual Governo “ainda não encerrou nenhuma instalação militar, pelo contrário”.

O Ministro da Defesa Nacional, quando questionado sobre a importância das forças armadas para a dinamização do interior, afirma que estas representam uma presença do Estado.

Desta forma, e não sendo uma missão direta destas, é sim “função […] e dever de um Estado […] manter o interior vivo” para assegurar direitos e oportunidades a todos os cidadãos.

General Manuel Teixeira Rolo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, em declarações exclusivas à RC, aponta a importância da descentralização de dependências da base aérea do Montijo para a de Beja.

Desta forma, foi encontrado “um formato em que temos que deslocalizar parte substantiva do nosso dispositivo do Montijo para outras bases. E Beja, sendo uma das nossas bases de referência, obviamente que vai acomodar algum desse dispositivo”.

Estando o processo já estudado, está a ser realizado um trabalho que visa “mitigar algum problema” decorrente da operação, como da deslocalização de pessoas, nomeadamente no que concerne à sua situação familiar.

Encontra-se “em curso um processo de negociações com a ANA (Aeroportos de Portugal) – VINCI” que surge como a empresa que ajudará “a que tudo isto seja possível”.

Não divulgado ainda os serviços que serão deslocalizados para Beja, aponta que a opção foia presentada ao Ministro da Defesa Nacional e se encontra em avaliação.

Considerando que a Força Aérea recebeu recentemente a missão de combate aos incêndios, o projeto já terá em conta a adequação do dispositivo para tal.

Recorde-se que a Força Aérea Portuguesa considerou viável a abertura da base aérea do Montijo ao tráfego civil, bem como a utilização comum das respetivas infraestruturas aeronáuticas, estando o arranque das obras de adaptação previsto para 2019.

Com uma despesa prevista superior a 100 milhões de euros para deslocalizar a atividade militar do Montijo, alguns estudos apontam que a base de Beja receberá a esquadra 502, conhecida como “Elefantes”, de aeronaves preparada para vigilância, evacuações médicas e igualmente busca e salvamento; sendo que Em Sintra, à esquadra dos “Pumas” EH-101, se vai juntar a esquadrilha dos helicópteros da Marinha, os Linx Mk95, que asseguram o transporte, reconhecimento, busca e salvamento.

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