O Ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral, na sua passagem por Estremoz para inaugurar a FIAPE, Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz, declarou à Rádio Campanário, que “a execução orçamental foi em linha com o que estava previsto, houve uns juros que foram diferentes do ano passado e também a devolução do IVA que foi maior, mas isso não é uma má noticia, é uma boa noticia, mas descontando esses efeitos, que não se repetem, estamos a ter uma execução orçamental que significa uma melhoria do saldo orçamental face ao ano passado e é isso que temos que continuar a fazer, esse trabalho”.
Instado sobre o agravamento do défice em 100 milhões, refere que “é o contrário do que aconteceu porque quando retira o efeito da devolução do IVA e mais 300 milhões, ou quando retiram o aumento do pagamento dos juros, o que traria era uma redução do défice, e nesse sentido, estão em linha com o que estava previsto e é nesse sentido que estamos a trabalhar”.
Acrescenta que “há uma trajetória orçamental que foi cumprida no primeiro trimestre, mas não é um trabalho acabado, temos que continuar a trabalhar para que seja cumprido também no segundo trimestre e nos trimestres a seguir”.
Questionado sobre o aumento dos combustíveis e as medidas compensatórias para o setor dos mármores, refere que “as medidas já são conhecidas e estão em discussão, nomeadamente com as transportadoras, na região que aqui estamos, penso que os mármores têm muita importância, como outros setores aqui representados”.
Indagado sobre o facto do setor dos mármores ser um dos setores que mais exporta e aquele que mais pessoas empregam, defende que também está “muito preocupado com os mármores e com as pedras em geral que são um setor exportador importante que tem potencial para crescer. Ainda ontem estive a visitar uma mina, não de mármores, mas de ardósia que tem tido um crescimento muito grande nas exportações, é um setor com forte potencial, não tanto para o boom da construção, que não está a acontecer na Europa, mas que está a acontecer noutras regiões, para produtos valorizados pela arquitetura, que são de facto muito procurados e a pedra portuguesa é muito boa, é uma pedra de qualidade e cada vez mais procurada pelos arquitetos e pelos engenheiros de todo o mundo”.