“Portugal está em condições de ser o maior produtor de hidrogénio verde” da Europa, do ponto de vista da “vantagem de preço”, garantiu na Assembleia da República o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, notando que Sines é peça central na estratégia.
Na sua audição parlamentar no âmbito da aprovação do Orçamento do Estado para 2020 (OE 2020), Matos Fernandes destacou que o Governo quer manter Sines, onde hoje existem uma central eléctrica a carvão (EDP) e uma refinaria de petróleo (Galp), como “um grande centro associado à energia, mas neste caso, de energia verde”.
Aquilo a que vamos assistir em Sines é ao “crescimento do emprego qualificado”, disse.
O Governo quer instalar em Sines um grande pólo de produção de gases renováveis, como o hidrogénio, com recurso à energia solar fotovoltaica (através da instalação de uma central com 1 gigawatt de capacidade).
“O que é crucial” na produção do hidrogénio verde, e que “marca o seu preço”, é o custo da energia para fazer a electrólise da água, adiantou o ministro.
Lembrando que a tarifa mais baixa atribuída no leilão de potência solar realizado no ano passado foi de 14,76 euros por megawatt hora (a tarifa média ponderada foi de 20,33 euros), Matos Fernandes sublinhou que “Portugal é o país que melhor se posiciona na Europa” para produzir hidrogénio verde.
lém disso, Sines tem um porto com vocação para o transporte de energia, que deve ser aproveitado para a exportação deste gás, notou o ministro.
O projecto está a ser discutido com a Holanda, mas poderá abrir-se a outros parceiros, adiantou.