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Misericórdia de Beja investe na Saúde Mental e alarga Apoio Domiciliário “em prol do bem estar dos mais jovens”

A Santa Casa da Misericórdia de Beja, com uma equipa de apoio domiciliário em Saúde Mental ativa desde 2021, tem como principal objetivo intervir junto de adultos com doença mental grave clinicamente estabilizada, necessitando de programas adaptados ao seu grau de incapacidade psicossocial.

Atenta às necessidades da região, a instituição identificou na região uma carência na intervenção em crianças e adolescentes. Para colmatar esta lacuna, a Instituição submeteu uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Meta 57: Alargar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados com lugares de Equipa de Apoio Domiciliário de Saúde Mental.

A candidatura foi aprovada, tendo sido celebrado, no passado dia 27 de junho, um contrato com a Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARS Alentejo) para que este projeto possa ser implementado no terreno.

Francisca Guerreiro, Coordenadora do Gabinete de Ação social da Misericórdia de Beja, em declarações à Rádio Campanário falou sobre a importância desta resposta na vida das crianças e jovens e respetivas famílias.

A responsável sublinha “a necessidade deste apoio domiciliário na área da saúde mental é fundamental nestas faixas etárias” acrescentando que esta candidatura agora aprovada diz respeito, essencialmente “à aquisição de material para que possamos por em prática esta intervenção; a candiatura tem o valor de 100 mil euros, aproximadamente.”

A implementação deste apoio resulta de uma “parceria entre a Misericórdia de Beja, a Segurança Social e a Rede de Cuidados Continuados em Saúde Mental.”

A sinalização dos utentes a precisarem desta resposta, explica a coordenadora “vai ser feita pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, através do Departamento de Saúde Mental do Hospital de Beja.” Depois de sinalizados, o acompanhamento será então feito por uma equipa multidisciplinar.

Questionada pela Rádio Campanário se , em seu entender, a saúde mental continua a ser muitas vezes descurada, a responsável pelo projeto na Misericórdia de Beja realça “eu sou Psicóloga de formação e sem dúvida que a saúde mental em Portugal continua a ser o “parente pobre”.”

“Nós próprios, quando nos sentimos mais fragilizados a nível emocional, não damos tanta importância como o fazemos quando temos um outro problema físico” evidenciou ainda a Coordenadora da Instituição.

Francisca Guerreiro sublinha ainda que o Hospital de Beja “tem uma boa resposta na área da saúde mental”, ainda assim esta resposta, no âmbito do apoio domiciliário “é extremamente necessária” evidenciando que o trabalho em rede é fundamental para uma melhor qualidade de vida das pessoas.

Trata-se, pois, de uma resposta essencial para a região, permitindo, através deste projeto, alargar o apoio domiciliário em saúde mental na infância e Adolescência, contribuindo para uma intervenção mais abrangente e eficaz, reforçando também o compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Beja com a promoção da saúde mental e o bem-estar da comunidade, oferecendo um suporte essencial às famílias e aos jovens que necessitam de cuidados especializados.

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