A Misericórdia de Serpa emitiu um esclarecimento de “reposição dea verdade” relativamente à acusação de que é alvo, no que diz respeito ao alegado atraso no pagamento dos vencimentos e subsidios aos funcionários.
Em nota de imprensa enviada à nossa redação a Misericórdia dá conta (leia o comunicado na íntegra:
“A SCM de Serpa vê-se na obrigação de repor a verdade face a várias situações pelas quais se sente lesada. No passado dia 03/10/2022foi dito pela representante sindical Anabela Gomes que a Mesa Administrativa informara os colaboradores desta Instituição de que a Segurança Social se atrasara no pagamento das comparticipações dos utentes. Tal é falso. A entidade que se atrasou foi a ARSA, como adiante esclareceremos e foi essa a informação dada. Pela mesma representante Sindical e nesse mesmo dia foi dito que a Mesa Administrativa proibiu os representantes sindicais de se reunirem com os trabalhadores nas Instalações do Lar de S. Francisco. Esta declaração tem um tom de má fé e desinformação. Na verdade a equipa Técnica considerou imprudente a entrada e saída dos participantes pois iria causar instabilidade na organização e nas rotinas dos utentes do Lar bem como por uma questão de saúde pública, na squência de momentos tão delicados que temos vivido. Contudo atendendo a que a atividade sindical tem o direito à sua ação, foi-lhe disponibilizada uma sala no Hospital de S. Paulo, para esse efeito e em condições adequadas. No dia 08/10/2022 o Sr. Deputado João Dias do PCP informou os trabalhadores desta Instituição de que a Segurança Social transferira no passado mês de Maio uma verba no valor de meio milhão de euros para a Santa Casa da Misericórdia de Serpa. A Mesa Administrativa desmente categoricamente essa afirmação, sem qualquer fundamento de verdade, o que pode ser facilmente comprovado na SS. Na mesma intervenção o Sr. Deputado faz alusão ao Relatório de Contas da Instituição. A MA lembra que pediu auditoria a todos os Centros de Custos e que as Assembleias Gerais são abertas a toda a população prestando todos os esclarecimentos. Desde já sugerimos a presença do Sr. Deputado na próxima Assembleia. Relembramos que todos os membros de todos os órgãos sociais da SCMS trabalham voluntária e gratuitamente para manter equipamentos e colaboradores. A MA tem-se remetido muitas vezes ao silêncio tentando evitar o desgaste dos conflitos e a possibilidade de vir a ser mal interpretada por parceiros ou por forças políticas. Até ao momento temos mantido respeito e bom relacionamento com todos e assim iremos continuar. Por outro lado, tem havido sempre o cuidado de esclarecer quem de direito, neste caso os nossos colaboradores. Contudo perante as circunstâncias urge repor e reforçar a verdade. Existem de facto irregularidades que nos afetam e preocupam bastante como o subsídio de férias em atraso do grupo de trabalhadores que gozaram férias em Agosto e Setembro. Tudo se tem feito para encontrar a melhor e mais rápida solução para este assunto.
No que respeita à pontualidade do pagamento dos vencimentos a SCMS, como IPSS que é, depende de terceiros nas suas prestações de serviços (ARSA; ISS; ULSBA). Quando um destes parceiros se atrasa nas suas transferências leva necessariamente a SCM ao incumprimento,f ace às grandes dificuldades dos tempos que se têm vivido. Neste sentido a informação transmitida referiu-se sempre ao atraso nas transferências por parte da ARSA. No que se refere ao mês de setembro, a verba transferida pela ARSA para a SCMS só ficou disponível no dia 04/10/2022 sendo processados automaticamente os vencimentos de setembro. Este atraso de alguns dias tem-se vindo a verificar várias vezes causando grandes constrangimentos a todos. Esta situação tem sido sempre exposta à Equipa de Coordenação Regional da RNCCI, que por sua vez tem sido incansável diligenciando superiormente e mantendo a articulação necessária entre parceiros. Aproveitamos para deixar uma nota sobre o assunto que vem constantemente e desde há muito a «lume»,o Hospital de S. Paulo. A MA decidiu convocar com caráter urgente todos os parceiros envolvidos ARSA,ULSBA,UMP bem como o Sr. Presidente da CMS e o Sr. Presidente da Junta da União de Freguesias da Cidade. A MA tornará púbicas as decisões que aí forem tomadas e as responsabilidades que aí forem assumidas de todas as partes, para total esclarecimento da população. Relembramos que a realidade que as IPSSs vivem é extremamente dura. Reforçamos que é urgente a ajuda a todas as iniciativas privadas de utilidade pública que perante o contexto económico da atualidade se deparam com graves dificuldades de manutenção das despesas inerentes ao funcionamento dos equipamentos e dos serviços prestados. Esta sim, deve ser a luta de todos, pelos que mais precisam, pelos mais frágeis.”