O auditório do Centro Cultural de Arronches recebeu na tarde da passada sexta-feira, dia 11 de fevereiro, a sessão de apresentação do Modelo de Cogestão do Parque Natural da Serra de São Mamede, uma ação que se repetirá nos quatro concelhos com território na área protegida: Arronches, Castelo de Vide, Marvão e Portalegre, conforme nota de imprensa enviada à nossa redação.
Para assistir a esta sessão informativa, estiveram no auditório do Centro Cultural diversas entidades, das quais se destacam o executivo do Município, representado pelo vice-presidente Paulo Furtado e pelos vereadores Maria João Fernandes e Nuno Costa, pelos presidentes de Junta de Freguesia de Assunção, Esperança e Mosteiros, respetivamente, Pedro Fernandes, Luís Janeiro e Diamantino Pinto, entre outros convidados, encontrando-se a mesa desta palestra composta pelo presidente da Comissão de Cogestão do Parque Natural da Serra de São Mamede, António Pita, pela diretora regional do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Olga Martins e ainda pelo presidente da Câmara Municipal de Arronches, João Crespo.
Foi precisamente o edil do Município anfitrião que começou por ter a palavra. Depois de dar as boas vindas a todos os presentes, João Crespo sublinhou a importância da realização desta sessão informativa, uma vez que permite aos agentes do território perceber como funciona este Modelo de Cogestão do Parque Natural e o objetivo do mesmo. O autarca realçou a importância de ter parte do território do concelho inserido numa área com estas características e os benefícios que daí se podem retirar. Não se querendo alongar, deixou os pormenores mais específicos para as apresentações que se seguiram.
A primeira dessas apresentações ficou a cargo de Olga Martins. A diretora regional do ICNF falou um pouco acerca do processo de criação da Comissão de Cogestão, referindo que este nem sempre se revelou fácil, mas cujo sucesso é evidente, estando a legislação, entretanto em vigor, a ajudar à criação de novas e semelhantes entidades um pouco por
todo o país. Na sua intervenção, Olga Martins explicou também em traços gerais aquilo que são os objetivos desta Comissão de Cogestão, composta pelos quatro Municípios onde o Parque se inscreve, pela Direção Regional do ICNF, pelo Instituto Politécnico de Portalegre, pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza em representação da Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, pela Entidade Regional do Turismo Alentejo e Ribatejo, pela Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre e pela Associação Lugares da Serra Alentejana.
De seguida, teve a palavra Sónia Ribeiro, técnica afeta à Comissão de Cogestão do Parque Natural da Serra de São Mamede, que informou a plateia acerca do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde a criação deste Modelo, explicando também as ações que estão previstas realizar nos próximos anos.
O período seguinte foi para o esclarecimento de algumas questões formuladas por alguns dos intervenientes do público acerca desta temática, citando igualmente exemplos da sua experiência pessoal no território do Parque, tendo encerrado a sessão o presidente da Comissão de Cogestão, António Pita, que é simultaneamente edil de Castelo de Vide.
O representante dos quatro Municípios que integram esta Comissão iniciou a sua intervenção com rasgados elogios à Câmara Municipal de Arronches que, apesar de ser o concelho com menor área no Parque, se tem mostrado tão interessada na sua preservação quanto as três restantes autarquias.
Após prestar também alguns esclarecimentos aos presentes, António Pita referiu que os habitantes destas áreas protegidas se devem sentir privilegiados por viver em locais com uma enorme qualidade de vida, sublinhando ser um dever de todos manter o Parque Natural conservado, valorizando dessa forma um ativo desta região.
O presidente da Comissão de Cogestão esclareceu as funções deste organismo, que em nada substitui as obrigações que outros já tinham anteriormente, antes pelo contrário: este Modelo pretende solucionar algumas lacunas que existiam e facilitar o diálogo entre as entidades responsáveis e a população que reside na área.
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