O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje, 14 de Maio, que a decisão da construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete — o qual terá o nome do poeta Luís de Camões — é um dos resultados “de 32 dias de trabalho governativo desde 12 de Abril””, data da aprovação do Programa do Governo.
E destacou: “o Governo assume o aeroporto único como a solução mais adequada aos interesses estratégicos do País. Alcochete garante margem de expansão física, acomodação de procura até quase ao triplo da actual, salvaguarda da manutenção e crescimento da hub da TAP em Portugal e fomento da capacidade intermodal de todo o sistema de transportes”.
Montenegro falava em conferência de imprensa, e ao País, no final do Conselho de Ministros extraordinário realizado em Lisboa, seguida da apresentação pelo ministro das Infra-estruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
E, adiantou, “esta solução gera ainda efeitos macro-económicos no chamado arco ribeirinho Sul, criando uma nova centralidade económica e social” e irá desenvolver-se em terrenos públicos e assegurar a sustentabilidade ambiental.
“A nossa filosofia é não perder tempo, a nossa estratégia é fazer tudo o que depende de nós, a nossa ambição é fazer mais e melhor que os outros para colocar Portugal ao nível dos melhores”, disse, tendo ainda citado Camões: “As cousas árduas e lustrosas de alcançar com trabalho e com fadiga”.
Obras no Aeroporto Humberto Delgado
Por outro lado, o primeiro-ministro vincou que a decisão do Governo vai “determinar o desenvolvimento de um plano de obras no Aeroporto Humberto Delgado que cumpra os investimentos adiados para a qualificação dos serviços já prestados e lhes acrescente investimentos que permitam maior capacidade operacional de movimentos por hora”.
E fez saber que o Executivo vai “mandatar a Infraestruturas de Portugal (IP) para concluir os estudos necessários para a construção da Terceira Travessia do Tejo em Lisboa e da Ligação de Alta Velocidade de Lisboa a Madrid”.
“O Governo pretende fazer uma gestão rigorosa dos recursos públicos e alavancar um ciclo de prosperidade duradouro e sustentado”, disse, acrescentando que estas infra-estruturas “estimulam a competitividade da nossa economia, aceleram a capacidade de atracção de investimento e crescimento e promovem a coesão territorial”.
“Com mais investimento e crescimento poderemos ter ambiente para pagar melhores salários e pensões e ter condições para reter o nosso talento e dar esperança à nossa juventude”, garantiu Luís Montenegro.