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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Mornas de NATCH animam o 5º dia do festival Imaterial em Évora!

Hoje, a 2ª edição do imaterial terá início com o Ciclo de Cinema Documental às 15h30 no Auditório Soror Mariana com a exibição de três episódios da série de autoria do etnomusicólogo Michel Giacometti, O Povo que Canta. Uma série exibida na RTP entre 1971 e 1974. Uma viagem pelo Portugal profundo, em busca das imagens e das vozes com que se produziu uma das mais importantes recolhas antológicas de sempre da música regional portuguesa.

Pelas 18h no Palácio Dom Manuel, Liliana Barela apresenta Tango e Chamamé: Duas músicas e danças patrimoniais da argentina. Clássicos e futuros clássicos. O tango e o chamamé reconhecidos como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, são duas expressões maiores da cultura argentina, com as suas próprias melodias, poéticas e danças, a primeira de cariz urbana, a segunda de origem rural. A uni-las, por outro lado, um instrumento que lhes é comum – o bandoneón. Mas partilham também um semelhante diálogo entre a tradição e a inovação que faz de ambas as linguagens vivas e sintonizadas com o presente. Nesta conversa, Liliana Barela irá partilhar histórias destas duas músicas, das origens e das suas proibições, conduzindo-nos até à atualidade.

Pela primeira vez em Portugal, a música deste 5º dia de Imaterial, fica a cargo da voz inconfundível e das mornas de Natch, que sobe ao palco do Palácio Dom Manuel às 21h30. Uma daquelas vozes que parece existir fora do tempo, feita de uma doçura que inunda as “suas” mornas de uma vida passada nas ruas do Mindelo. Vocalista do grupo Kings, nos anos 80, e durante algum tempo cantando a troco das moedas de quem passava por aquele canto sem teto, Natch é um conhecedor profundo da morna e da coladeira, os géneros que Cesária Évora espalhou pelo planeta. E é o encontro entre a sua história pessoal e o seu entendimento inesgotável das músicas locais que se desprende de cada sílaba que nos canta. Como se Natch e a morna fossem um só.

A 2ª edição integra concertos, um ciclo de cinema documental, conferências e o Encontro Ibérico de Música que reúne artistas portugueses e espanhóis. Auditório Soror Mariana, Claustros da Fundação INATEL, Palácio Dom Manuel e Teatro Garcia de Resende são os espaços que vão receber esta edição. Um festival, de acesso gratuito, que dá vida à expressão “património pensado e vivido” e que durante uma semana disponibiliza uma programação cultural alargada e eclética na cidade que, desde 1986, é Património Mundial Unesco.

O Imaterial é um projeto com organização da Câmara Municipal de Évora/DCP, cidade candidata a Capital Europeia da Cultura em 2027, em parceria com a Fundação Inatel e direção artística de Carlos Seixas.

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