Tal como a Rádio campanário noticiou o Escritor Alentejano , natural de Moura, Moita Flores, sofreu um ataque cardíaco no passado dia 11 de setembro, no momento em que realizava uma sessão de autógrafos na Feira do Livro, em Lisboa.
Valeu ao escritor alentejano a pronta intervenção de um médico cardiologista que estava no local. O escritor foi entretanto operado e está a recuperar.
Francisco Moita Flores, através de uma publicação efetuada nas suas redes sociais deu ontem a conhecer o seu “Anjo da Guarda”, que lhe salvou a vida.
Numa publicação emotiva e carregada de sentimentos, Moita Flores começa por referir “Aprendemos na catequese, logo nos primeiros dias de escola. Cada um de nós tem um Anjo da Guarda que nos acompanha, nos protege e nos ajuda. Eu já sabia, mesmo antes de conhecer os bancos da sala de aula, que ele existia. Fazia parte da oração que a minha mãe me ajudava a recitar, antes do beijo de boa noite” ainda assim acrescenta “desde esses tempos de puto, nunca mais dei por ele, coisa que não significa nada. Os anjos vivem numa dimensão que são raros os mortais a senti-los, ou pressenti-los, não discutem, não se impõem e, como continuo a acreditar nos desenhos do catecismo, têm a forma de luz.”
Num momento que designa como o momento da verdade, e conforme pode ler-se na nota ” Hoje falei com o meu Anjo da Guarda! Falei conversa em que ele e eu nos escutámos e dissemos. Voz de pessoas para o milagre ser maior. O pouco que soube dele é bem mais interessante do que tudo aquilo que sei sobre mim.”
Moita Flores apresenta desta forma a pessoa que no passado mês de setembro lhe salvou a vida “Chama-se Diogo, é cardiologista, e no dia 11 de Setembro, comprava livros na Feira do Livro. No Pavilhão da Leya, a escassos metros onde, no mesmo momento, fui vítima de um ataque cardíaco. Esqueceu os livros, deixou os seus autores preferidos em cima do balcão, e correu na minha direção. E fez aquilo que fazem os Anjos. Investiu a sua força, o seu talento e conhecimento para me salvar. Julgo que a coisa meteu murros, compressões e, até, um desfibrilhador, tipo motor de arranque para o coração voltar, de novo, ao trabalho.”
O escritor alentejano sublinha que o médico o contactou e que “as palavras transbordavam de alegria quando, com a voz embargada pela emoção, lhe disse:
– Sei agradecer e retribuir dádivas. Mas não sei como se agradece por me ter salvo a vida. Não tenho palavras para a gratidão que sinto.
E foi então, que o Dr. Diogo se revelou como meu Anjo da Guarda:
– As nossas contas estão saldadas, pela alegria que sinto em ter salvo uma vida naquelas circunstâncias!”
Não sei o que mais lhe disse, que as palavras saíam todas molhadas das lágrimas. Sei, apenas, que combinámos um encontro para nos conhecermos olhos nos olhos.
Moita Flores garante ainda que “hoje e sempre, vou rezar a este Anjo da Guarda que, entre livros, naquela tarde, decidiu revelar as suas angélicas funções. Feliz porque salvou uma vida!”
Fonte/Fotos: Facebook Moita Flores