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Movimento Chão Nosso denuncia destruição no recinto de fossas pré-histórico, em Salvada, concelho de Beja

Movimento Chão Nosso

O Movimento Chão Nosso, através da sua página oficial de facebook, denunciou hoje que “se sucedem-se as destruições arqueológicas no Alentejo.”

Segunda avança na publicação efetuada, “depois dos episódios recentemente vindos a público sobre a destruição de monumentos megalíticos no distrito de Évora, no âmbito da instalação de projetos de agricultura intensiva, chegou ao conhecimento do Movimento Chão Nosso mais um caso de afetação de um sítio arqueológico, desta vez na região de Beja, onde estes episódios se têm sucedido com grande frequência.”

O Movimento Chão Nosso adianta ainda que “desta vez, trata-se de um sítio arqueológico, identificado como Salvada 10, localizado junto à aldeia da Salvada, concelho de Beja, correspondente a um grande recinto de fossas pré-histórico, que foi alvo de ripagens para instalação de culturas intensivas, sem que tenha havido qualquer ação de salvaguarda do património aí existente.”

“No local observam-se as valas abertas no solo e a presença de materiais arqueológicos revolvidos pela maquinaria, não sendo possível aferir qual o grau de afetação provocado pelos trabalhos agrícolas, sem se proceder a uma avaliação arqueológica”, adianta.

De acordo com a informação avançada pelo Movimento, “este sítio já havia sido alvo de afetações anteriores, em 2017, assunto que mereceu denúncia na comunicação social e que levou à implementação de medidas de avaliação dos danos decretadas pela Direção Regional de Cultura do Alentejo.”

O povoado da Salvada 10 foi detetado durante a realização de um Estudo de Impacto Ambiental para a empresa EDIA, em 2012, levando inclusivamente a alterações de projeto para evitar causar impactos negativos nos vestígios arqueológicos.

É um dos maiores recintos de fossos pré-históricos conhecidos no Baixo Alentejo e encontra-se referenciado no PDM de Beja como tendo elevado valor arqueológico.

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