No próximo ano letivo as escolas do concelho do Crato já deverão ser administradas pelo município a quem cabe a responsabilidade de decidir nas áreas da política educativa, administração da escola, currículo, organização pedagógica e administrativa e gestão de recursos.
Na sessão ordinária da Assembleia Municipal do Crato, foi aprovada a “descentralização de competências do ministério da educação e ciência para o município do Crato”, ou seja, a municipalização da educação.
Uma decisão que não reúne consenso por parte dos professores que votaram contra a municipalização.
Também o Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS), depois da reunião ocorrida no passado dia 6 de julho com o presidente da Câmara Municipal do Crato, veio a público dizer que “existe por parte do município, uma clara intenção de gerir os recursos docentes e de, aparentemente, manter a comunidade educativa afastada deste processo”.
A Rádio Campanário tentou por diversas vezes contatar o presidente do Município do Crato, que até ao momento não se encontrou disponível para prestar declarações.
Recorde-se que o anúncio público da aprovação, no Conselho de Ministros a 15 de janeiro, do novo regime de delegação de competências nos municípios e entidades intermunicipais no domínio das funções sociais da educação, saúde, segurança social e cultura, não foi uma novidade completa, mas causou alguma consternação na comunidade educativa.