A Câmara Municipal de Estremoz vai apresentar a produção de Bonecos de Barro daquele concelho a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.
A autarquia pretende que esta produção artística com 300 anos de história seja reconhecida.
A angariação de apoios já está a decorrer há cerca de um ano, acompanhada de todo um processo de investigação e produção de conhecimento por forma a conseguir a integração da produção de Bonecos na lista representativa do Património Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
No próximo mês de abril, o “Pedido de Inventariação como Património Cultural Imaterial da Produção de Bonecos de Estremoz em Barro” vai ser, finalmente, entregue à Direção Geral do Património Cultural.
No terreno vai ser promovida a realização de um Plano de Salvaguarda do Boneco de Estremoz, que visa dar visibilidade aos artesãos e à arte, trazer jovens artesãos para a Barrística, dar seguimento à investigação, proceder à publicação de monografias temáticas e realização de atividades educativas pela região e país. Este Plano terá igualmente o intuito de promover atividades de promoção do Boneco e artesãos, dando-se a conhecer uma arte popular tão emblemática de Estremoz e do Alentejo, mas também de Portugal.
Ainda no âmbito do Plano de Salvaguarda, há também o objetivo de candidatar a Coleção de Bonecos de Estremoz de Júlio Maria dos Reis Pereira, do Museu Municipal de Estremoz Professor Joaquim Vermelho, a Coleção de Interesse Nacional, de modo a valorizar os Bonecos musealizados e dar-lhes uma projeção nacional e internacional.
Após conclusão da investigação e redação do documento que apresenta a arte bonequeira e o porquê da pertinência da candidatura a Património da Humanidade, a Câmara Municipal procederá à sua entrega à Comissão Nacional da UNESCO, para que a mesma prossiga os trâmites seguintes.