O Município de Marvão considera como “prejudicial” a decisão do Ministério da Administração Interna (MAI) de reduzir o horário do ponto de passagem da fronteira entre Marvão e Valencia de Alcántara (Espanha) a partir de segunda-feira, com destaque para os trabalhadores transfronteiriços.
Recorde-se que, como a RC noticiou ontem, o MAI prolongou o controlo nas fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha, pelo menos, até dia 1 de março, face à atual crise sanitária provocada pela pandemia de COVID-19.
Nesse comunicado do Ministério, foi decidido que a fronteira entre Marvão e Valencia de Alcántara, vai passar de ponto de passagem autorizado permanente, 24 horas por dia, 7 dias por semana, a ponto de passagem autorizado, nos dias úteis entre as 6h00 e as 20h00.
O Município de Marvão salienta que, “tal alteração, decidida de forma unilateral, vai prejudicar, substancialmente, a vida de todos os trabalhadores transfronteiriços, alguns dos quais dedicados a desempenhos de primeira linha na área da saúde e que, a partir de dia 15, vão deixar de poder atravessar esta fronteira entre as 20h00 e as 6h00, nos dias de semana, e aos fins-de-semana.”
Face a esta alteração, o Município de Marvão, “não pode deixar de lamentar e repudiar esta medida decretada pelo Governo”, devido aos constrangimentos que esta restrição de horários vai causar aos trabalhadores da raia e às empresas que ainda continuam a laborar dos dois lados da fronteira, “mesmo com todas as limitações de circulação existentes e com a economia transfronteiriça reduzida ao mais elementar.”