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Município de Montemor-o-Novo subscreve petição de adesão de Portugal ao Tratado de proibição de armas nucleares

A Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, em nota, informa que “honrando a circunstância do Município de Montemor-o-Novo ser um dos municípios fundadores do Movimento dos Municípios pela Paz, reunida em sessão ordinária, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, aos 12 dias do mês de agosto de 2020, na defesa dos superiores interesses dos montemorenses, deliberou, por Unanimidade: 1. Subscrever a petição pública “Pela adesão de Portugal ao Tratado sobre a proibição de armas nucleares – Defender a paz é defender a vida”; 2. Divulgar nas redes sociais e nas páginas institucionais do município esta petição, convidando a comunidade montemorense a mobilizar-se em torno deste apelo e desta petição, subscrevendo-a e manifestando, desse modo, a sua esperança no futuro da humanidade; 3. Colocar na sua página institucional a exposição online sobre a necessidade urgente do desarmamento nuclear”.

“Considerando a necessidade de uma mais forte ação em prol da paz e do desarmamento, o que se torna ainda mais importante num tempo tão incerto e perigoso, como aquele em que vivemos, nomeadamente quando os EUA promovem a corrida aos armamentos, incluindo nucleares, com o maior orçamento militar de sempre, com passos graves, como a sua retirada do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio e outras manifestações recentes da Administração dos EUA/Donald Trump, pondo em causa a renovação, em 2021, do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (New START); Considerando a urgência de Portugal assinar, ratificar e promover o Tratado de proibição de Armas Nucleares, aprovado há três anos no âmbito da ONU, contribuindo ativamente para um mundo livre de armas nucleares e para a paz”.

Neste ano de 2020 assinalam-se os 75 anos dos bombardeamentos atómicos de Hiroxima e Nagasáqui, memória que reafirma a necessidade e urgência de pôr fim às armas nucleares e a assinatura e ratificação do Tratado de Proibição das Armas Nucleares.

Na memória dos povos de todo o mundo permanecem os horrores da Segunda Guerra Mundial, incluindo o holocausto perpetrado pelos nazis alemães e os bombardeamentos nucleares norte-americanos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui – ocorridos a 6 e 9 de agosto de 1945. A dimensão desse crime está também expressa no número de vítimas e na monstruosidade dos seus efeitos: mais de 100 mil mortos no momento das explosões e outros tantos até ao final de 1945, na sequência dos ferimentos; entre os sobreviventes e seus descendentes, disparou a incidência de malformações e doenças oncológicas, devido à radiação. Na sequência do horror da II Guerra Mundial e dos bárbaros bombardeamentos atómicos, o fim das armas nucleares e o desarmamento geral, simultâneo e controlado é, desde há mais de sete décadas, um objetivo central da ação de todos quantos, em Portugal e no mundo, defendem a paz e a segurança internacionais.

Recordar Hiroxima e Nagasáqui é, acima de tudo, um grito de alerta para os riscos hoje existentes: pela dimensão e potência dos atuais arsenais nucleares, uma guerra nuclear não se limitaria a replicar as consequências de Hiroxima e Nagasáqui, antes as ampliaria a uma escala nunca vista.

Segundo a Federação dos Cientistas Americanos, existem no mundo cerca de 15 mil ogivas nucleares (1800 em estado de «alerta máximo»), das quais 14 mil estão na posse de EUA e Rússia. As restantes estão nas mãos do Reino Unido (215), França (300), China (270), Índia (110-120), Paquistão (120-130), Israel (80) e República Popular Democrática da Coreia (menos de 10). Bastaria que fosse utilizada uma pequena parte das bombas nucleares existentes para que toda a vida na Terra ficasse seriamente ameaçada.

Pode assinar a petição no seguinte link: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=ProibirArmaNuclear

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