Visando fazer face a eventuais problemas de abastecimento de água às populações e à agricultura, a Assembleia Municipal de Portalegre aprovou (maioria) a criação de um gabinete de monitorização e gestão da seca.
O denominado Gabinete Municipal de Monitorização e Gestão da Seca no Concelho de Portalegre, pretende prevenir uma eventual falta de água no que concerne ao abastecimento público, agrícola e abeberamento animal, assim como a consciencialização da população e dos atores da região, para a problemática da escassez de água no território.
O gabinete funcionará em articulação com entidades da região, de entre as quais se destaca a CIMAA (Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo), “de modo a garantir a possibilidade da Câmara Municipal de Portalegre poder concorrer ao Fundo Ambiental e/ou outros instrumentos financeiros de apoio comunitário associados a intervenções/soluções de resposta e de capacitação adaptativa às alterações climáticas”, segundo informações do movimento CLIP.
Antes das fortes chuvas registadas nas passadas semanas, a barragem da Apartadura, que faz o abastecimento ao município de Portalegre, registava um armazenamento na ordem dos 68%, que assegurava o consumo humano apenas em cerca de um ano e meio. Este nível, tal como acontece em várias barragens da região, é inferior aos valores homónimos registados em anos anteriores.
O Gabinete Municipal de Monitorização e Gestão da Seca no Concelho de Portalegre, será efetivamente criado, após um conjunto de ações que comprovem a viabilidade do seu funcionamento. Nesta fase, os Serviços Municipalizados de Águas e Transportes (SMAT) estão a desenvolver trabalhos de levantamento de fontes, furos e aquíferos existentes no território do concelho, como forma de auferir soluções em caso de falta de água.
Acrescente-se que apenas com uma abstenção de um eleito da CDU, a proposta do movimento CLIP (Candidatura Livre e Independente por Portalegre) para a criação do referido gabinete obteve ainda votos favoráveis da CDU, PS e PSD.
