A Rádio Campanário esteve em entrevista com o Presidente da Câmara de Redondo, António Recto, onde foram discutidas as repercurssões económicas da pandemia no concelho, as medidas tomadas pelo município de apoio à população neste Natal e vacinação que toda a população portuguesa anseia.
O presidente da Câmara, questionado sobre a situação pandémica vivida no concelho, alega que “não têm sido dias fáceis. No concelho de redondo eu diria que as coisas estão bastante melhores do que estiveram à cerca de umas semanas.”
No dia de hoje, 29 de novembro, a situação epidemiológica atual no concelho de Redondo regista 119 casos confirmados desde o inicio da pandemia, sendo que 09 encontram-se ativos e 110 recuperados.
“Temos neste momento um único surto ativo que surgiu na última semana”, frisa o edil. O Presidente realça que “para quem já esteve com 47 casos ativos, digamos que estamos bem melhor em relação a umas semanas atrás. No entanto, não deixa de ser uma situação grave. Até porque o concelho de Redondo ainda está num estado elevado de contágio, tendo em conta que está acima dos 240 por cada 100 mil habitantes. Esperamos que na próxima análise passemos para o estado de moderado. De qualquer das formas, as restrições embora ligeiramente aliviadas, não deixam de ser prejudiciais para a população de Redondo,” frisa.
O Concelho de Redondo, como todo o país, a partir do dia 27 de novembro viu restringida a sua circulação entre concelhos até dia 02 de Dezembro. Estas medidas trazem restrições para os estabelecimentos comerciais, mas no concelho não afeta os horários de abertura dos estabelecimentos. “Preocupa-me seriamente, a nível da restauração, ver alguns estabelecimentos a serem privados da sua atividade normal. Embora alguns deles tenham optado pelo Take-away para continuar a laborar e assim minimizar os prejuízos que têm tido,” explica o edil.
“A Câmara deliberou na quarta-feira que, para além de um conjunto de cabazes que vai oferecer a pessoas carenciadas, vai também oferecer, a nível dos idosos, um voucher que é válido, de 15 de dezembro a 15 de janeiro, num conjunto de casas comerciais de vários ramos de atividade. Isto irá contribuir para minimizar os efeitos desta pandemia junto da população e dar uma ajuda ao comércio local,” explana o Presidente.
No centro das preocupações do Presidente está a economia, assim explica que “é com base nestas preocupações que tomamos estas medidas. Prevê-se um gasto entre os 80 e os 90 mil euros com estes tipos de apoios que vamos prestar à população do concelho.”
Confrontado com os custos que a Câmara, nos anteriores investia em detrimento das confraternizações de idosos, relativamente a estes cabazes, o Presidente explica que “se a Câmara fazia almoços de reformados ou com os funcionários da Câmara, sendo que essas despesas não se realizam, esta é uma forma de reconhecer e de aliviar os prejuízos que a economia local tem tido, mas também de permitir à população ter algum desafogo durante este período de maiores consumos.”
Questionado sobre as suas prespectivas em relação à vacinação, o Presidente António Recto, diz que “estamos nesta crise, mas começa-se a ver uma luz ao fundo do túnel. Nós sabemos que temos que conviver com este vírus por que a vacina não o vai eliminar, estou eu convencido. Embora hajam alguns desencontros sobre quem é que vai ser vacinado primeiro, eu faço votos que comece por aqueles que mais são mais vulneráveis. Para que se crie esperança de vida.
António Recto, espera que “as vacinas que chegarem a Portugal não deixem um único português de fora, porque se for a acontecer o mesmo que com a vacina da gripe, seria muito mau,” frisa.
O Governo anunciou que assim que a vacina chegar haverão certos grupos, nomeadamente, os profissionais de saúde, os doentes mais graves e os idosos internados em lares, que terão prioridade na toma. Referente a este assunto, o edil revela que está “completamente de acordo. Porque uns serão vulneráveis devido ao seu estado avançado de idade, outros porque temos uma necessidade de os manter operacionais enquanto esta pandemia não for eliminada ou aliviada.”
Numa declaração final, o Presidente António Recto, diz que “gostaria de aproveitar esta oportunidade aos microfones da Rádio Campanário para deixar mais um apelo.” O edil confessa que “o concelho de Redondo foi aquele que meteu uma campanha de sensibilização através de um documento distribuído à população, que até surtiu algum efeito. Mas gostaria de referir que o melhor tratamento que existe para lidar com a pandemia é nós cumprirmos as regras que estão estabelecidas pela DGS – os afastamentos, a higienização [das mãos], o uso de máscara e a redução de convívios. Vamos entrar num período natalício que é propicio a haver mais encontros, mas temos que nos convencer que este Natal vai ser diferente.”