No passado sábado, dia 8 de setembro, o Município de Vila Viçosa procedeu à entrega do Prémio Literário Florbela Espanca 2018 (2.500€), Prémio António de Oliveira Cadornega (250€) e Prémio Bento de Jesus Caraça (125€), no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Manuel Condenado, presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa explica à RC que a iniciativa se prende com uma “estratégia” de “incluir cada vez mais […] iniciativas eminentemente culturais” no programa da Festa dos Capuchos.
Com os galardões, o município pretende “homenagear figuras ilustres calipolenses” e a sua obra.
O prémio Florbela Espanca tem caráter bienal, alternado entre ficção e poesia. A vencedora do prémio foi Anabela de Freitas, “uma escritora de Vila Nova de Gaia” que mereceu unanimidade do júri, constituído pelo presidente da Assembleia Municipal, “que é o presidente do júri”, e 4 elementos da Associação Portuguesa de Escritores
A atribuição dos restantes prémios, a alunos da Escola Secundária do concelho, resulta de “uma avaliação ao longo do ano” feita pelos professores de acordo com um regulamento municipal, e pretende “estimular os jovens estudantes na sua aplicação em termos de rendimento escolar”.
Anabela de Freitas, que assina as suas obras como Anabela B, explica à RC que a obra «Viver sempre também cansa», incide sobre “a velhice”, “a memória”, “as perdas”, mas “sobretudo sobre o gosto de viver”.
Contado na primeira pessoa, o enredo apresenta o dia-a-dia de uma nonagenária “que está institucionalizada”, dividido “em 4 tempos, que são as refeições do dia”.
Da atribuição deste prémio destaca o facto de a notícia lhe ter sido transmitida pela escritora Lídia Jorge, que integrou o júri.
Guilherme Coxixo Crispim, aluno da Escola Secundária Públia Hortênsia de Castro, vencedor dos dois prémios escolares, afirma à Campanário que “é sempre bom ver o nosso trabalho recompensado”.
Foi uma classificação de 19 valores na disciplina de Matemática, assim como uma média no mesmo valor, que lhe garantiu os prémios a Guilherme Crispim. Para alcançar estes resultados “tem que haver sempre uma parte de trabalho”, aponta, mas contrabalançado com tempo de lazer, “uma quota parte para tudo, em peso e medida”.
No que concerne aos prémios monetários, afirma que são um incentivo, e que são “sempre uma ajuda” para os adolescentes que “gostam de ter a sua independência”.
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