O ressurgimento das ações relacionadas com a valorização, a salvaguarda e a classificação do património cultural calipolense, encontram-se indissociavelmente ligadas ao reforço e ao realce concedidos às problemáticas relacionadas com a promoção dos seus valores representativos, como mecanismo de desenvolvimento integrado do concelho de Vila Viçosa.
É justamente neste pano de fundo que se insere a participação da autarquia calipolense na Expo Alentejo, que permitiu, deste modo, dar continuidade à nossa presença noutros certames desta natureza. O Centro de Negócios Transfronteiriço, em Elvas, foi o local escolhido para a realização da primeira edição deste evento, que teve lugar entre os dias 30 de Janeiro e 2 de Fevereiro de 2020 e que contou com a presença de milhares de visitantes ao longo destes quatro dias.
A representação do município de Vila Viçosa contemplou um programa bastante abrangente e diversificado e contou com participantes de diversos setores de atividade. Para além do espaço institucional, sobreleva a presença do artesão José Frade, que efetuou uma demonstração de execução de peças de estanho ao vivo, bem como do escultor Cesar Valério que também marcou presença com três esculturas, tendo executado pequenos trabalhos em mármore. Acresce que o espaço municipal contou com peças de cerâmica do atelier de Cristina Claro e, no plano da doçaria conventual, com tibornas confecionadas pela Pastelaria Azul de Vila Viçosa. Já na vertente da animação cultural e científica, decorreram, respetivamente, a atuação do Grupo de Teatro Amadores de Vila Viçosa e a conferência consagrada às “Pedras Naturais do Alentejo”, apresentada pela Assimagra no âmbito de uma organização conjunta com a edilidade calipolense. Ainda neste contexto, os visitantes puderam, apreciar alguns exemplares recentes da Revista de Cultura Callipole, editada pela Câmara Municipal de Vila Viçosa.
Enfim, tudo ajuíza que a participação da autarquia calipolense na Expo Alentejo foi bastante interessante e cumpriu o seu objetivo nuclear de contribuir para a difusão dos valores do património cultural calipolense, entendidos nas suas múltiplas valências e perspetivados como catalisadores da projeção do reforço e do prestígio da imagem patrimonial e turística da “vila ducal renascentista”. Acresce que esta participação possibilitou uma maior aproximação e contatos com outros municípios, instituições, empresas e associações, abrindo novas e duradouras possibilidades de cooperação e de futuros projetos comuns em torno da realidade indissociável que constitui o binómio património e turismo.