Os municípios de Moura, Barrancos, Mértola e Serpa pediram uma audiência urgente ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, devido à retirada da região do único meio aéreo de ataque inicial de combate a incêndios, avança a Agência Lusa.
Segundo os autarcas, a decisão “errada” de retirar aquele equipamento ao Centro de Meios Aéreos de Moura advém das orientações da Diretiva Operacional Nacional n.º 2, aprovada pela Comissão Nacional de Proteção Civil e encontra-se em vigor desde 28 de abril.
Em comunicado enviado à Agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Moura, Álvaro Azedo, sublinha que “a presença deste meio aéreo tem contribuído para a preservação da floresta e da paisagem agrícola” dos quatro municípios e que “a região fica completamente desprotegida”.
Os autarcas dos quatro concelhos do Baixo Alentejo apelam para uma “inversão” da decisão e lembram que o ataque inicial aos incêndios é “crucial” numa região onde as corporações de bombeiros distam “em média 30 quilómetros” entre si, podendo contribuir para o agravamento dos cenários que os operacionais vão encontrar quando chegam ao local do fogo.
Álvaro Azedo adianta que nos últimos três anos a câmara fez “um conjunto de benfeitorias” nas instalações do Centro de Meios Aéreos de Moura, pelo que a medida “contrasta com o empenho, compromisso e determinação dos autarcas” no apoio à estrutura sediada junto à barragem de Alqueva.
“Com tanto investimento que temos feito, parece-nos completamente disparatado, não só pelo território, que é o mais importante, mas também pelas condições que o Centro de Meios Aéreos de Moura oferece às equipas operacionais” o ato de retirar o meio aéreo, concluiu Álvaro Azedo em declarações à assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Moura.