Muito se tem falado da proposta de lei para a transferência de competências para as autarquias, a designada descentralização, isso parece que não acontecerá com o Museu de Évora, que será promovido a museu nacional.
Segundo o Gabinete do Ministro da Cultura “a decisão política está tomada, a classificação do Museu de Évora como museu nacional vai mesmo acontecer” e “aguardamos que se cumpram os procedimentos necessários, entre eles o do parecer consultivo, mas obrigatório, da Secção dos Museus, da Conservação e Restauro e do Património Imaterial do Conselho Nacional de Cultura”.
“Tudo isto estava já a ser considerado antes desta discussão. O senhor ministro entende, com base na informação técnica de que dispõe, que a coleção do museu tem valor nacional e que, por isso, a classificação é mais do que merecida”, esta promoção é algo com que o Ministro Luís Castro Mendes teria sido confrontado em Dezembro.
Na opinião de Castro Mendes a situação do Museu de Évora não é diferente da do Grão Vasco, em Viseu, elevado à categoria de museu nacional em 2015, “a lógica de promoção do museu de Évora é a mesma do de Viseu, trata-se de reconhecer o valor de uma coleção” referiu.
Para António Miguel Alegria, o atual diretor do museu, “fazer deste museu um museu nacional é da mais elementar justiça” e “sem desprimor para os colegas e para as coleções do Museu Grão Vasco, promover Viseu sem promover Évora foi um erro. Viseu não tem a história nem a diversidade do espólio do Museu de Évora, e não tem na sua génese uma coleção e uma figura como a de Frei Manuel do Cenáculo, absolutamente fundamental para a educação e a cultura em Portugal.”
O Museu de Évora alberga no seu acervo muitas obras de arte designadas como “tesouros nacionais” sobretudo obras de pintura e escultura.