O Museu Mestre Batista, em Reguengos de Monsaraz, recebeu um espaço dedicado à religião e fé do cavaleiro tauromáquico. Na vitrine estão expostas as imagens de Nossa Senhora das Dores, Santo Agostinho, Santa Maria Goretti, Nossa Senhora de Aires, Virgem da Macarena e Santa Filomena.
Durante muitos anos, José Mestre Batista (1940-1985) adornou de flores o Santuário de Nossa Senhora de Aires para as festas e mandou recuperar a abóboda do altar mor no inicio dos anos 1970. Foi também nesta igreja em Viana do Alentejo que batizou o seu único filho.
O Museu Mestre Batista foi inaugurado no dia 30 de maio de 2014, data em que se assinalou o 74º aniversário do nascimento do histórico cavaleiro tauromáquico em S. Marcos do Campo, localidade do concelho de Reguengos de Monsaraz. O museu acolhe o espólio mais relevante de José Mestre Batista, cedido pela família do toureiro, nomeadamente pela sua viúva, Tina Mestre Batista.
Em exposição está a casaca que D. Francisco Mascarenhas vestiu no dia 15 de setembro de 1958, data em que foi padrinho de alternativa de José Mestre Batista na Praça Daniel Nascimento, na Moita. O espólio do museu integra mais 23 casacas, um fato curto completo, várias jaquetas, quatro fatos de tourear (trajo de Luzes) dos bandarilheiros, a cabeça, a crina e uma pata do cavalo Falcão, quatro selas de tourear e dois selins à inglesa, vários arreios de cortesia, freios e estribos.
O museu apresenta também alguns objetos pessoais do toureiro, como relógios de bolso com corrente em prata, um fio com crucifixo em prata, botões de punho em prata, a aliança de casamento e devido livrinho de Pádua, o livro de orações com capa em madre pérola, óculos de ler, troféus e as insígnias do grau de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique, atribuído a título póstumo pelo Presidente da República, Ramalho Eanes, em 1985.
O Museu Mestre Batista está aberto ao público de terça-feira a domingo das 9h30 às 13h e entre as 14h30 e as 18h.