O Museu Militar de Elvas comemorou esta terça-feira, dia 29 de outubro, o seu 10º aniversário.
As celebrações tiveram lugar no auditório deste espaço museológico, com uma sessão solene, onde discursou o Diretor do Museu Coronel Joaquim Bucho e ficaram marcadas pela atribuição de condecorações e louvores a militares, seguiu-se uma palestra subordinada ao tema “10 anos de Museu Militar; 752 anos de História e 4 Continentes” proferida pelo Tenente Coronel de Infantaria na Reserva, José Ribeiros ficando o encerramento a cargo do Major-General Aníbal Flambó, Director de História e Cultura Militar do Exército Português.
As comemorações incluíram ainda a apresentação do carro de esquadrão modelo 1907, uma peça objecto de restauro, uma apresentação de viaturas restauradas, da coleção de viaturas militares, assim como a inauguração de uma nova vertente museológica, a “sala de doações”.
À reportagem da Rádio Campanário, o Diretor do Museu Militar de Elvas, Coronel Joaquim Bucho referiu que “todos os anos tentamos trazer novidades, seja ao nível do restauro, seja na ocupação de espaço físico”, sobre a inauguração do espaço “sala das doações” explica que “há milhares de pessoas que são herdeiras de testemunhos, quer da primeira guerra mundial, quer da guerra do ultramar e que têm peças em casa que têm um valor histórico enorme e que hoje não têm cabimento nos apartamentos das famílias” conclui dizendo que “se as pessoas as quiserem trazer até nós, têm um sitio onde estão guardadas, expostas e valorizadas”.
Questionado sobre o aumento do número de visitantes, diz que é a partir da classificação da cidade de Elvas como Património da Unesco que esse aumento é significativo “essa classificação tem trazido até nós muito mais gente”, completa explicando que o “incremento de visitantes tem que ser consistente, com o nosso trabalho, nós no Museu Militar de Elvas temos que saber criar nas pessoas a vontade de regressar”.
Aponta ainda as novas tecnologias de informação como a aposta de futuro “são plataformas a partir das quais nós podemos encontrar e descobrir estes espaços, assim como criar a vontade das pessoas cá virem” conclui que “vejo sempre essas plataformas digitais, de divulgação, como criar nas pessoas, naqueles que nos veem e nos contactam nessas plataformas, criar a vontade de vir fisicamente ao museu e conhecer aquilo que é o nosso acervo”.
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