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“Na minha perspetiva, há aqui um exagero nas práticas e treinos concretizados” pela GNR e forças de segurança (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 03 de dezembro de 2018, começou por comentar o facto de Portugal ter sido eleito o “Melhor Destino do Mundo” pelo segundo ano consecutivo, arrecadando um total de 17 prémios atribuídos pelos World Travel Awards, conhecidos como os “óscares do turismo”, numa cerimónia que ocupou o Pátio da Galé, em Lisboa, no passado sábado dia 01 de dezembro.

Segundo o deputado, “o reforço deste ano torna a coisa ainda mais importante”, pois “Portugal, efetivamente, tem todas as condições para ser um local de turismo de excelência” que “faltava era ser descoberto”.  Nesse sentido, “já estamos, há cerca de uma década a crescer sucessivamente em termos de números turísticos”, o que significa que “o trabalho que está a ser desenvolvido é bom” e é “um trabalho continuado por sucessivos governos”, o que “também é positivo”, refere António Costa da Silva.

Por outro lado, “fundamental, são também todos os agentes que estão no terreno, todas as empresas que têm realizado investimentos importantes”, visíveis pelo volume e variedade de premiações agora alcançados em quase todos os sectores e regiões.

Ao mesmo tempo, “se não existissem os portugueses e os portugueses espalhados pelo país, com a sua capacidade de receber bem e fazer bem, nunca teríamos o turismo que estamos a ter, que se repete e vai continuando a ter sucesso”, sublinha o deputado.

Relativamente às notícias que dão conta de agressões no treino dos formandos da GNR em Portalegre, António Costa da Silva começa por afirmar que na sua perspetiva “há aqui um exagero nas práticas, nos treinos que são concretizados”.

Deixando a ressalva de não poder “aprofundar muito, sem conhecer em concreto”, pelo que “tenho sempre receio de estar a dar a opinião sobre uma coisa que não conheço profundamente, mas a sensação que me dá é que efetivamente, o nível de treino que é dado nalguns casos é exagerado”, uma vez que “depois levam o ser humano ao limite e depois vamos tendo estas consequências, que não são nada positivas”.

Em contrapartida, “o reflexo também” desta situação, pois “se a preparação é dada neste nível em formação, imagine o que vai na cabeça daquelas pessoas, quando estiverem no exercício da prática profissional”. Podendo dar origem “àqueles incidentes que não devem existir, para com o cidadão”, diz o social-democrata. Reforçando a ideia de que “estes excessos têm que ser banidos, têm que ser controlados e o Estado não pode entrar num desleixo em que vale tudo e depois acontecem estes pecados, que nós vamos sentido por todo o lado”.

“O treino no limite e a preparação para o limite, com pessoas deitadas no chão a serem pontapeadas, sinceramente não cabe no meu perfil de limite”, que “tem a ver com resistência psicológica, capacidade de combater em situações extremas, sejam elas quais foram” e “isso é possível” e “há técnicas para fazer esse tipo de treino”. Até à imagem dos exemplos nórdicos, que visam “a preparação sem o uso da arma”.

Por fim, ao comentar a situação da contagem do tempo a contar para o descongelamento das carreiras dos professores, onde o Governo mantém a sua intenção inicial afirmando apenas o compromisso de negociar o restante sem limites, regras ou prazos, António Costa da Silva diz que “o Governo está a agir mal” e “não tem palavra como sempre”. Assim, “perante este cenário, em que o Governo deveria estar a cumprir aquilo com que se comprometeu, avançando com todas as carreiras”, “vai ser forçado a negociar” e a “cumprir aquilo com que se comprometeu” e que “estava inscrito no OE2018”.

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