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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Na nossa constituição não consta que haja portugueses de 1ª ou de 2ª, de circunstâncias urbanas ou rurais”, diz Arcebispo de Évora em dia de Peregrinação das Famílias (c/som e fotos)

No passado sábado, 25 de maio, e pelo terceiro ano consecutivo, decorreu a Peregrinação das Famílias da Arquidiocese de Évora ao Solar da Padroeira, em Vila Viçosa.

A Campanário esteve presente no Santuário de Nossa Senhora da Conceição e acompanhou as celebrações que compreendeu a Bênção das Bodas Matrimoniais de Prata e de Ouro.

Em declarações a esta estação emissora, D. Francisco Senra Coelho, Arcebispo de Évora, afirma que “vivemos um tempo de deserto, não encontramos muitas vozes a defender os valores da família”.

O Arcebispo aponta as dificuldades vividas pelos jovens em contrair matrimónio e constituir família, causadas pela conjuntura socioeconómica, e afirma que “é preciso ter coragem para hoje fazer vir um filho ao mundo”.

“É uma festa de toda a família, da realidade de família humana”
D. Francisco Senra Coelho

 

Este aspeto “devia merecer uma reflexão muito séria” pelas entidades competentes, com o objetivo de combater o envelhecimento da população e o empobrecimento do território, uma vez que “a falta de investimento no interior, nomeadamente no Alentejo, convida as pessoas a partirem”.

Desta forma, defende que o “Dia Diocesano da Família de Évora é uma chamada de atenção para as famílias que aqui se encontram e que são merecedoras de todo o apoio para que aqui se possa viver com a mesma qualidade de vida que o resto dos portugueses”.

“Na nossa constituição não consta que haja portugueses de 1ª ou de 2ª, do litoral ou do interior, de circunstâncias urbanas ou rurais”
D. Francisco Senra Coelho 

D. Senra Coelho, faz votos que a comemoração das bodas de ouro e prata “ultrapasse essa dimensão festiva” e chegue à mensagem da “necessidade que ela tem da defesa a que tem direito pela própria constituição”.

Padre Francisco Couto, reitor do Santuário, diz à RC que a diocese se tem vindo a reunir no Solar da Padroeira “tentando recuperar aquela grande peregrinação que existia a este santuário durante o mês de maio”.

“Sendo a peregrinação das famílias faz sentido que valorizemos aqueles que lutam para manter o seu casamento e são assim discípulos missionários do amor”
Padre Couto

Nas celebrações foi valorizada a questão da família e assinaladas as bodas matrimoniais de cerca de 65 casais de todas as localidades da Diocese. “Uma vez que é a peregrinação das famílias faz sentido que valorizemos aqueles que na sua fidelidade lutam cada dia e todos os dias para manter o seu casamento e são assim discípulos missionários do amor”, declara.

Sobre a tomada de posse dos novos órgãos da confraria, destaca a importância de decorrer no mesmo dia, dando a conhecer “aqueles que têm o seu legado […]” e permitindo à “Diocese perceber que existe este Santuário, e que existe o cuidado de divulgar a mensagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição”.

Cónego Mário Tavares de Oliveira, afirma à Campanário que “faz todo o sentido vir em peregrinação a este lugar com as famílias”, pois o Santuário de Nossa Senhora da Conceição tem uma “mensagem de consagração” não só ao país como à família.

“Queremos transformar esta peregrinação em algo maior, de referência para toda a diocese”
Cón. Mário Tavares

O Cónego defende que a “peregrinação tem possibilidades de ganhar ainda mais expressão, dimensão e dinamismo”, surgindo esse como um objetivo para o próximo ano.

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