O deputado João Oliveira, eleito pelo círculo de Évora da CDU à Assembleia da República, no seu comentário desta quarta-feira, 26 de junho, abordou aos microfones da Rádio Campanário o anúncio do governo sobre o concurso do novo Hospital Central do Alentejo que poderá arrancar em julho, a situação dos doentes do Hospital de Évora que se encontram sem água quente para banhos e ainda a possível aliança entre o Partido Socialista e o Partido Social Democrata com vista a aprovarem 6 dossiers até final da legislatura.
O deputado começa por referir aos nossos microfones os esclarecimentos que lhe foram dados na audição parlamentar, João Oliveira refere que sobre a falta de médicos no distrito de Évora “o Hospital de Évora foi contemplado com algumas vagas, no entanto o governo ainda não precisou o número exato”, acrescentando que “já questionei o governo sobre que medidas, para além desta, estão previstas para fazer face ás faltas de clínicos no distrito”.
Relativamente ao novo Hospital Central do Alentejo, o deputado refere que “confirma-se aquilo que já prevíamos, ou seja, não vai existir adjudicação da obra do novo hospital durante esta legislatura”, justificando tal facto “pois o governo tem estado a atrasar o concurso”.
João Oliveira afirma que “o secretario de estado deu a garantia de que o concurso seria lançado no mês de julho”, o que significa “mais de um mês de atraso em relação ao previsto, ás promessas do governo e da própria ARS”. O deputado considera que com o lançamento no mês de julho “apenas no início do próximo ano existirão condições para adjudicar a obra”, acrescentando que “será o próximo governo que tomará a decisão definitiva de avançar, ou não, com a construção do novo hospital”.
Para o deputado “vamos continuar a viver nesta incerteza” e toda esta situação “é verdadeiramente inadmissível”, pois na sua opinião “o governo tinha todas as condições para lançar o concurso durante esta legislatura e tornar irreversível a construção do novo hospital”.
A aproximação das legislativas e o anúncio do concurso para o próximo mês, são na opinião de João Oliveira “foguetório de propaganda eleitoral”. O deputado relembra que “faz 10 anos, aconteceu exatamente o mesmo”, ou seja, “faz 10 anos que a Feira de S. João em Évora abriu com a exposição pública da maquete do novo hospital, e curiosamente estávamos também a 2 meses de eleições”.
Questionado sobre a situação dos utentes do Hospital de Évora que não têm água quente para os banhos, João Oliveira considera que “o que seria uma tragédia era termos mortes por legionella como aconteceu em Vila Franca”, no entanto “percebo a reclamação e a indignação das pessoas que são sujeitas a uma situação destas”.
João Oliveira refere que “tenho dúvidas que não se consigam encontrar alternativas a um problema destes, compreendo que não se possam usar as caldeiras porque existe uma suspeita de legionella”, mas “as pessoas não podem ser sujeitas a este desconforto sem que se encontrem alternativas já não compreendo”. O deputado questiona mesmo “não se poderá dar os banhos com bacias de água quente?”, acrescentando “tenho muitas dúvidas que não existam alternativas para a situação”.
O deputado afirma ser de acordo que “as medidas de prevenção contra a legionella sejam levadas até ao fim”, no entanto “que se encontrem soluções alternativas para aquecer a água, nem que seja em bacias”. João Oliveira considera que “a solução para o problema não será nada do outro mundo, e não é preciso inventar a roda para se solucionar o problema”.
O deputado finalizou a sua rúbrica aos nossos microfones abordando os possíveis acordos entre PS e PSD para aprovação de 6 dossiers até final da legislatura, e ainda possíveis acordos para o futuro governo.
João Oliveira refere que “as medidas que o PSD aprovou ao PS foram muito mais que 6”, justificando que “estas 6 são as que faltam até final da legislatura”. O deputado considera que “a convergência entre os dois partidos para aprovar leis que nunca deviam ter visto a luz do dia é algo que já vem de trás”.
Para o deputado “as pessoas sabem o que tem dado as alianças entre o PS e o PSD, que em regra servem para andar para trás” (…) “o PS só toma medidas de esquerda se a isso for obrigado”, justificando que “para isso a única forma é a força da CDU a empurrar o PS para isso”.