O Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, fez o discurso de abertura do segundo congresso do Movimento de Cidadania Melhor Alentejo, esta quarta-feira (19 de setembro). Abordando vários temas, dos recursos hídricos à demografia regional, o governante afirmou que “não é razoável que um território de baixa densidade seja um território abandonado, (…) o onde há menos atividade económica e sobretudo menos rendimento”.
Considerando que Portugal é “mais atrativo do que repulsivo”, as questões demográficas continuam a suscitar grandes preocupações, pois “o número de nascimentos decaiu bastante nos últimos anos”, e em alguns casos decaiu tanto que “praticamente já não há mulheres em idade fértil”, explicou o governante.
“Não é de esperar que Portugal venha a ter mais habitantes nos próximos 20/30 anos”
Neste sentido, “não é de esperar que Portugal venha a ter mais habitantes nos próximos 20/30 anos”, uma afirmação que Matos Fernandes suporta fazendo referência às “previsões demográficas”.
Contudo, a aposta do Governo é “garantir que há políticas de proteção há família que garantem que a natalidade não quebre e que há politicas ativas de migração que promovam a vinda para Portugal de novos habitantes”, continuando a “valorizar o capital natural, que também é um ativo transacionável”, acrescentou.
Outra das questões levantadas pelas várias entidades presentes no Congresso foi a construção da Barragem do Pisão, no concelho do Crato, mas o governante relembra que “as alternativas são múltiplas”, portanto “não é só por questões ambientais que pode justificar-se a sua construção”.
Contudo o ministro diz que este empreendimento “obviamente há-de ser olhado e avaliado pelo Governo”, visto ser considerado uma prioridade para vários dos autarcas, entidades e população presentes no congresso.
Barragem do Pisão “obviamente há-de ser olhada e avaliada pelo Governo”
Matos Fernandes disse ainda aos jornalistas que não tem “promessa nem compromisso a estabelecer” relativamente à construção desta infraestrutura, sobre a qual afirma que “deve ser entendida como um projeto de fomento e desenvolvimento do território”, ao que o Governo avaliará a “possibilidade de, por razoes ambientais, ela vir a ser feita”.