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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Não faço ideia” do conteúdo dos documentos, mas esta denúncia serve apenas para “denegrir o PS e os seus dirigentes”, diz José Sadio (c/som)

Após o anúncio da formalização de uma queixa-crime contra os eleitos e dirigentes locais do Partido Socialista de Estremoz, por difamação e denúncia caluniosa, envolvendo “um conjunto de documentos contabilísticos do município” que foram “entregues em mão, em maio de 2015”, a dois deputados municipais do PS, movida pelo presidente do município Luís Mourinha, a Campanário entrevistou o vereador socialista, José Sadio. Visado neste processo, o mesmo confessa que “todos os eleitos, dirigentes e o partido, sente-se indignado”, e que “se há aqui alguém caluniado e difamado, somos nós”. Pelo que, apesar de aguardarem o desenrolar do processo “serenamente”, garante que “também o PS está a agir e a analisar o dossier”.

José Sadio afirma que “é surreal que se acuse alguém quando esses mesmos documentos foram discutidos e divulgados na Assembleia Municipal”, sobre a qual “há atas sobre o assunto”. Por isso, admite “não conseguir entender como é que se consegue ter a coragem para atingir as pessoas e a instituição, sobre uma suposta denúncia que é anónima (…), como é que se consegue aferir alguma questão em relação a documentos e a entrega de documentos quando os documentos são documentos administrativos” e “foram analisados numa assembleia”.

José Sadio confessa não se recordar, no que diz respeito aos conteúdos específicos destes documentos. “Não faço ideia” pois “já foram uns aninhos” e “isso foi discutido na altura na Assembleia [Municipal]” e ao mesmo tempo “nem sei a que documentos ele se refere tão pouco”. Porque “seguramente não tem lá nenhum documento lá com o nosso nome, nem com a nossa cara nem com o nosso símbolo”, diz o vereador do PS.

Mas garante que os mesmos “foram solicitados pelo grupo parlamentar do PS” e “quem os trouxe à colação para serem discutidos publicamente foi o próprio MIETZ e o Sr. Presidente da Assembleia”, uma vez que “os documentos que na altura terão sido solicitados, são documentos que obviamente seriam confidenciais e não seriam para usar publicamente”.

Considerando que o conteúdo dos referidos “nem isso é relevante para a questão”, porque este processo nasce de “uma denúncia que é anónima, quem a conhece são os interessados, quem a torna pública são os próprios com um único intuito: denegrir o PS, os seus eleitos e os seus dirigentes, o que é lamentável”. Sublinhando que “são muitos documentos” e que “nem isso para mim é relevante”, quer a sua proveniência ou conteúdo.

O dirigente socialista considera que este processo judicial movido agora contra o PS e toda a sua estrutura local, serve para “tentar desviar atenções da situação em concreto: aquilo que foi a público é que o Sr. Presidente da Câmara está indiciado, não pelo PS, nem por nenhum anónimo, mas pelo Ministério Público, de cinco crimes de peculato de uso”, sobre os quais “ele que se defenda, que a justiça funcione tranquilamente, sobre isso não vamos dizer nada”. Contudo, “não vale a pena desviar o foco” para “agora vir levantar aqui uns fait divers de um documento que eu não sei qual é que é”.

Um caso sobre o qual “nós não vamos só aguardar, nós vamos agir”, pelo que “esta situação está a ser analisada pelo departamento jurídico do PS”, uma vez que todos os membros e eleitos da estrutura local se sentem “caluniados e difamados”, sublinhando que “na política não vale tudo”.

 

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