Ao início desta noite (22 de novembro), teve lugar no Salão dos Bombeiros Voluntários de Borba o briefing do 4º dia de operações de busca e resgate na pedreira, para onde desmoronou a Estrada Municipal 255, que ligava Vila Viçosa a Borba.
José Ribeiro, Comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Évora afirma que estão a ser esgotadas “a cada oportunidade e a cada momento todas as hipóteses”, direcionando-se as intervenções para a drenagem da pedreira e tentativa de localização dos veículos.
Ao longo do dia, foi mobilizado para o local equipamento sonar da Marinha, mas “não foi ainda possível colocá-lo […] na água por razões de segurança”. Essa operação está planeada para “amanhã às primeiras horas”, avança.
A drenagem “está a decorrer dentro daquilo que nós estimámos”, indo ser instalada “uma quarta bomba para aumentar o volume de descarga”.
A entrega da água drenada terá que ser feita “mais 1km à frente do que estávamos a pensar”, solução que está a ser pensada “com a Câmara e com o proprietário” de uma outra pedreira.
A chuva registada na presente tarde “interrompeu a operação junto à giratória”, a máquina estava a ser utilizada por 1 dos trabalhadores que ficou soterrado, contudo foi ainda possível “retirar algumas pedras”.
A diminuição do caudal da pedreira mais pequena permite trabalhar durante o período da noite e assim rentabilizar os trabalhos.
Para o dia de amanhã, sexta-feira, vão tentar colocar o sonar na água, assim como os mergulhadores “na zona segura da pedreira menor onde supostamente estarão as viaturas”, estando ainda a ser calculados “deslizamento de massa controlada”.
A avaliação já feita à escarpa da pedreira, revelou uma “probabilidade de ocorrer deslizamentos média-baixa”, estando planeada uma nova avaliação para o dia de amanhã para determinar o “impacto direto” da precipitação.
A colocação de bombas e de geradores na pedreira é dificultada pelo facto de estar inativa há algum tempo. Desta forma, sendo relativamente mais fácil a instalação destes equipamentos na pedreira mais pequena, preveem apostar no maior número de bombas na pedreira maior, e bombas menores na pedreira maior, seguindo-se a passagem da água “do maior para o mais pequeno, e do mais pequeno para o exterior”.
“Acho que não tem falhado nada”, afirma o Comandante Distrital, reforçando a dificuldade e complexidade da situação, em que são conjugados fatores como a existência de “blocos muito difíceis de remover” devido à sua dimensão, o facto de ter ocorrido “uma derrocada muito significativa de terra e de massas”, a grande profundidade da pedreira e a perigosidade de todas as operações.
António Anselmo, presidente da Câmara Municipal de Borba, escusa-se a responder a quaisquer questões sobre as operações em curso, afirmando que “quem investiga, sabe onde deve investigar”, remetendo assim para as autoridades competentes.