A Universidade de Évora realizou esta manhã, no Claustro do Colégio do Espírito Santo, a sessão de receção aos novos estudantes para o ano letivo 2021/2022.
Esta recepção aos alunos contou com a presença de Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, da Reitora da UÉ, Ana Costa Freitas, do Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, e do Presidente da Associação de Estudantes da UÉ, Henrique Gil.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora que começou por abordar a questão das praxes académicas referindo “a minha opinião é exatamente a mesma de todos os anos, a praxe não pode nunca ser humilhante” acrescentando “eu não consigo acabar com a praxe porque está enraizada e não a posso proibir.”
Ainda assim a Reitora da Ué adianta “não há praxe dentro da Universidade de Évora e os alunos sabem disso e quando vejo algum indício disso alerto” justificando, no entanto que “na cidade não posso fazer nada.”
Ana Costa Freitas considera que “há uma grande diferença nas praxes de antigamente e nas praxes dos dias de hoje” assegurando “eu tento que haja menos rituais humilhantes, porque eles não fazem sentido.”
Para Ana Costa Freitas “os alunos têm que perceber que há também a opção de não serem praxados e que isso não diminui em nada a sua felicidade enquanto estudantes” garantindo que para si “a praxe continua a ser um problema pois não é integradora no sentido que devia ser.”
“Não há dúvidas que há abusos e eu tento que eles sejam cada vez menos; passo pela cidade e vou dizendo, mas é preciso também um apoio das forças de segurança, das forças de ordem para ajudar a que esta questão seja menos traumática” acrescentou ainda.
Quanto a expetativas para o novo ano letivo, Ana Costa Freitas, referiu “acho que vai correr apesar de estarmos ainda em pandemia relativa pois temos a população quase toda vacinada” garantindo “o uso de máscaras dentro das salas de aula e a passagem do máximo de informação aos alunos e depois tentar que a vida decorra normalmente porque sem querer ou por querer, todos nós e o governo incluído, colocaram muita pressão sobre os jovens e eles têm que viver.”
A Universidade de Évora, segundo nos adiantou a Reitora, reforçou o apoio psicológico aos alunos.