A construção do novo Hospital Central de Évora “tem que ficar adiada até que as condições financeiras estejam reunidas”. Quem o diz é o Secretário de Estado-Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, que marcou presença em Vila Viçosa no passado dia 22 de fevereiro, por ocasião da inauguração do novo Centro de Saúde calipolense.
A conclusão da obra estava prevista para 2014 e em 2010 a presidente do Conselho de Administração do Hospital do Espírito Santo, Filomena Mendes, garantia que o projeto técnico e de arquitetura do novo hospital estavam a ser desenvolvidos, pelo que não havia “qualquer entrave a que o projeto continue a ser desenvolvido e seja entregue nos prazos previstos”. Em 2011, contudo, o investimento em Évora foi apontado como um dos empreendimentos a cancelar devido à presença do FMI em Portugal.
As informações que têm vindo a público não têm sido esclarecedoras, não havendo até ao momento uma posição definitiva sobre o assunto. Em entrevista exclusiva à Rádio Campanário o Secretário de Estado do Ministro da Saúde garantiu agora que “estão criadas as condições para esperar um pouco mais” porque “não temos condições, a priori, para construir um hospital novo em Évora até 2014”. O empreendimento, a ser construído, seria financiado parcialmente por fundos comunitários contudo, salientou Fernando Leal da Costa, mesmo nesses casos “a contrapartida nacional é sempre muito significativa”, pelo que o empreendimento vai ser adiado por não ser uma prioridade do Governo, visto que existem inclusive outros centros hospitalares no país que exigem uma intervenção mais urgente. O representante do governo salienta que a data para a presença da nova valência na cidade eborense não pode ser adiantada por enquanto, frisando que “quando houverem condições, voltaremos a olhar” para o projeto.
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Recorde-se que no início do mês de fevereiro António Dieb, presidente da CCDR Alentejo, admitia à Rádio Campanário que era “possível arrancar com a obra e concretiza-la e acima de tudo compromete-la para o próximo quadro comunitário de 2014”, recorrendo em primeiro lugar aos fundos comunitários através do Programa Operacional InAlentejo. No dia 11 do presente mês também a Câmara Municipal de Évora manifestou o desejo de ver o empreendimento concluído, tendo mesmo aprovado por unanimidade uma moção, proposta em defesa da célere retoma da construção do novo Hospital Central de Évora. No documento ficou expressa “a necessidade de que este projeto, de suma importância para o Concelho e Região, seja retomado de forma tão célere como foi a decisão da sua suspensão”.