Bebiana Cunha, deputada do PAN, denunciou, nas redes sociais, na noite de ontem, o facto de o navio que protagonizou o “desembarque mais sangrento de sempre”, em Israel, no mês passado, ter voltado a atracar, esta terça-feira, no porto de Sines.
Segundo a Deputada, após a divulgação das “imagens horrendas da última semana”, centenas de pessoas enviaram cartas à ministra da Agricultura, a denunciar o último embarque e o PAN remeteu um pedido de audição a Maria do Céus Antunes, assim como um pedido de esclarecimento por parte da tutela acrescentando “Não podemos aceitar que mais animais sejam submetidos à mesma tortura. Alguém tem de agir… por eles!”, concluiu Bebiana Cunha.
Conforme notícia avançada pelo Notícias ao Minuto, em comunicado enviado, também a PATAV – Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos denunciou o facto de o Gulf Livestock 2 ter atracado novamente em Portugal.
De acordo com a plataforma, após a divulgação das imagens “que chocaram a opinião pública e o Parlamento Europeu”, o mesmo navio volta agora a embarcar “milhares de animais, em total impunidade e perante a patente ineficácia e desinteresse do Estado Português, que continua sem adotar medidas que ponham um ponto final a esta vergonha nacional”.
De acordo com a PATAV – Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos, 1.200 pessoas enviaram, em menos de 24 horas, a “carta-modelo bombing que a plataforma disponibilizou a solicitar a revogação da licença deste navio e a estes pedidos, ainda segundo a PATAV, a ministra da Agricultura terá respondido, através do Chefe de Gabinete, “descartando qualquer responsabilidade pela condição dos animais à chegada, ignorando o veiculado no acórdão de Zuviech, que incute ao país exportador a responsabilidade pela proteção e bem estar animal até ao destino”.
“Em plena presidência portuguesa e enquanto decorre uma comissão de inquérito ao transporte de animais vivos no Parlamento Europeu, é inadmissível que Portugal não dê o exemplo, punindo os infratores. É a atual vergonha nacional”, atiram os responsáveis pela plataforma.
Recorde-se que este navio foi proibido de atracar em Portugal em 2017. Recentemente, foi levantada a medida sancionatória, pela Direção Geral da Alimentação Veterinária (DGAV), com fundamento em garantias de resolução de todas as não conformidades desta embarcação, bem como garantidas adicionais referentes ao correto funcionamento da mesma, à adequação dos seus procedimentos e ao treino e formação da tripulação.
In Notícias ao Minuto