Foi realizado no passado dia 23 de Outubro a 10ª Reunião Plenária da Comissão Municipal de Economia e Turismo de Évora, onde foram identificadas as consequeências dramáticas que a pandemia COVID-19 trouxe à economia do Concelho. Foram comunicados dados oficiais pelo Presidente da Câmara, Carlos Pinto de Sá, que explana, como exemplo, que no sector do turismo foram atingidos níveis de quebra superiores a 95%.
Num comunicado oficial pelo Município é possível conhecer algumas das problemáticas discutidas na reunião:
Numa cidade em que o turismo se consolidou como uma das principais fontes de dinamização da atividade económica, este impacto negativo teve consequências sociais alarmantes, com o aumento do desemprego e o consequente efeito dramático num elevado número de famílias. Apesar do recurso ao layoff, que salvou do encerramento muitas das pequenas e micro empresas, têm-se verificado dificuldades acentuadas em grandes unidades, nomeadamente do setor da aeronáutica.
A este propósito, o Presidente da Câmara teve oportunidade de informar a Comissão que em Maio/Junho fez chegar ao Conselho Regional da CCDRA – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, uma proposta no sentido de vir a ser elaborado um plano de emergência social e económico que identificasse as dificuldades mais prementes sentidas especificamente pela região. O objetivo seria enviar o plano ao Governo para que este pudesse tê-lo em conta nas medidas de apoio a adotar para a região nos próximos meses. A Comissão foi ainda informada sobre o ponto de situação no que se refere aos níveis de contágio da COVID19 no Concelho de Évora: após um período de estabilidade que durou alguns meses, Évora teve agora um incremento no número de infeções mas graças ao trabalho relevante desenvolvido pelas autoridades de saúde em estreita colaboração com as autarquias, proteção civil, e outras instituições locais, os surtos têm sido controlados, não se verificando contágio comunitário.
Os representantes dos vários setores da atividade económica do Concelho fizeram ouvir as suas preocupações quanto ao decréscimo muito acentuado do comércio e das atividades associadas ao turismo. Com a aproximação da época natalícia, os comerciantes locais manifestaram a sua apreensão com o agravamento da situação e solicitaram o apoio da Câmara Municipal com medidas que atraiam a população às zonas comerciais da cidade. Solicitaram igualmente à autarquia que fizesse chegar ao Governo a necessidade de medidas que atenuem os encargos a que estão obrigados, designadamente ao nível de IRC, IVA, ou no prolongamento dos prazos das moratórias para satisfação de compromissos. Da parte da Câmara obtiveram a garantia da continuação da isenção de taxas municipais de ocupação de espaço público pelas esplanadas pelo menos até ao final do ano. Para além da iluminação festiva de Natal, que já está a ser instalada, estão a ser preparadas iniciativas de animação para o Centro Histórico. Por outro lado, irá continuar o esforço no sentido de chamar à cidade a organização de eventos importantes de âmbito nacional e até internacional.
Foram apresentadas as linhas gerais do Plano Estratégico para o Aeródromo de Évora: um plano arrojado que pretende dotar esta infraestrutura de meios e condições para contribuir de forma determinante para o desenvolvimento de Évora e do Alentejo.
O Presidente da Câmara Municipal informou a Comissão de que continuam a ser recolhidas ideias para o futuro da Feira de S. João, e que a Autarquia espera os contributos dos agentes económicos. O objetivo é reunir o maior consenso possível numa decisão que, não deixando de prestigiar um evento secular e muito enraizado na população, consiga adaptá-la aos tempos modernos e às contingências do progresso.