O Presidente da Câmara Municipal de Borba, António Anselmo, falou à Rádio Campanário e fez um balanço das Festas de Borba em Honra do Senhor Jesus dos Aflitos, este ano adaptadas à nova realidade, provocada pela pandemia COVID-19.
O borbense referiu que “desde março que se está a passar isto em Portugal e toca-nos a todos. E como nos toca a todos é muito complicado percebermos o que é importante fazermos”, salientando que “o que queremos é saúde boa para toda a gente e queremos que as pessoas tenham esperança” destacando que, em Borba, o Senhor dos Aflitos “é muito importante e nos toca a todos. É a esperança, é acreditarmos, é perceber que o mundo pode ser mau hoje e que amanhã pode ser melhor e que isto vai passar”.
O autarca frisou que “temos que respeitar o que são as instruções da Direção-Geral de Saúde e percebermos que desde que respeitemos as regras, podemos fazer quase tudo. E nós fizemos isso, cumprindo o distanciamento social e, acima de tudo, dar um bocado de alegria às pessoas para perceberem que, por muito que estejamos a sofrer por dentro, temos de pensar que o mundo tem de ser muito melhor que é agora. A mensagem de que vai ficar tudo bem somos nós que temos de dizer, respeitando os outros”.
“É evidente que qualquer um de nós pode estar contaminado. Mas, se estamos, temos de ter a coragem de o dizer, de dizer com quem estivemos, onde estivemos, o que fizemos. Ninguém está imune a essa situação, cuidando de mim cuido de todas as outras pessoas e isso é que é importante”, alertou António Anselmo.
O edil salientou ainda que “cada terra tem os seus costumes e Borba tem o Senhor dos Aflitos e não podia ser comemorado sem algo simbólico. Era impensável em Borba, no dia do Senhor dos Aflitos, não haver a Banda do Centro Cultural de Borba, com o Hino do Senhor dos Aflitos. Borba é a melhor terra do mundo”.
O autarca sublinhou ainda que “Borba é uma terra que acredita e que quando quer, enche a praça, porque acredita. No Senhor dos Aflitos, as pessoas acreditam desde sempre” e lembrou que “antigamente as pessoas vinham de Lisboa para assistirem à procissão do Senhor dos Aflitos de Borba”, salientando que “Borba é uma terra muito especial, assim como o Senhor Jesus dos Aflitos é muito especial para a nossa cidade”.
Já em relação à política, o borbense salientou que “quando as pessoas estiverem na política, é para servirmos os outros. E naturalmente, servindo os outros, serve a si próprio. E quando alguém vier para a política, a pensar que é para servir de imediato, está completamente enganado”.
António Anselmo frisou ainda que “nestes dois dias, [as pessoas] viram duas coisas bonitas e perceberam que Borba mexe e sabe o que faz, respeitando as regras de saúde”.
Antes do concerto da Ensemble da Banda Filarmónica do Centro Cultural de Borba [ler aqui], António Anselmo fez um breve discurso à população sobre as Festividades, onde deu a entender de que não se iria recandidatar à presidência da Câmara Municipal de Borba. Confrontado com essas declarações, o autarca disse apenas que “o que está em causa neste momento é que quero cumprir o trabalho enquanto cá estiver, mas entendo que há lugar para outras pessoas. Estes lugares são todos temporários”. Questionado se está a pensar não se recandidatar a um terceiro mandato, António Anselmo garantiu que “não está em causa isso. Quando disse isso, digo que tenho um grupo bom por trás de mim, que irá continuar e fazer um trabalho muito melhor que aquilo que estou a fazer”.
