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No Bloco de Esquerda “não estamos preocupados com aritméticas de votos, temos a certeza que temos propostas fortes para a região”, diz Bruno Martins (c/som e fotos)

Decorreu esta quarta-feira (4 de setembro), em Évora, a apresentação pública da candidatura do Bloco de Esquerda (B.E.) às Eleições Legislativas pelo Círculo Eleitoral de Évora, assim como o seu manifesto distrital, numa sessão que contou com a presença de Catarina Martins, Coordenadora Nacional do B.E..

A RC esteve presente e falou como cabeça de lista Bruno Martins, que afirma que o “BE não tem uma candidatura de iluminados”, mas sim “de pessoas que vem da gente do nosso território e que fala por essa gente”.

Sobre a escolha diferente do habitual de fazer a apresentação em espaço público, neste caso na Rua João de Deus, o candidato afirma que “teve o significado que o B.E. quer dar” de que “é fluindo a rua, falando das propostas que se faz política” e que “se constrói a mudança”.

Declara que recebeu com surpresa o convite, mas sente-se “muito orgulhoso” não apenas por encabeçar a lista, mas “principalmente as propostas”. Destaca que enquanto nos outros partidos são os líderes que determinam o nome a cabeça de lista, no BE é a distrital ratificado pelos órgãos nacionais do partido.

 

“Não estamos preocupados com aritméticas de votos, temos a certeza que temos propostas fortes que respondem aos desafios da região”
Bruno Martins

Com um passado na política autárquica, declara que esta ‘pré-campanha’ “tem sido muito mais do que confortável, muito reconfortante”. O B.E. já percorreu vários concelhos do distrito, contactando com as suas gentes, “e o acolhimento das pessoas é muito agradável”, aponta, notando “uma grande diferença desde há 4 anos, o que significa que está a acontecer uma mudança”.

Questionado sobre o facto de Évora apenas poder eleger 3 deputados e ter 19 candidatos, Bruno Martins afirma que “é saudável em democracia haver muitas ideias diferentes, para que a população possa olhar para as propostas e escolhe a sua melhor opção”.

Neste sentido, defende que “não há nenhum jogo decidido à partida como nos querem vender”, apontando que o Partido Socialista está “a vender […] que a maioria absoluta aí vem e que vão eleger 2 deputados, quem sabe até os 3”. O candidato bloquista reitera que no contacto com as populações tem sentido “a confiança no B.E.”, recebendo destas o feedback de que “quem pode tirar a maioria absoluta ao PS é o Bloco de Esquerda”.

“Estou convicto de que vamos disputar esta eleição até ao último voto”
Bruno Martins

No âmbito de algumas propostas prioritárias para a região, aponta a “saúde em primeiro lugar”, e afirma que “temos um território muito abandonado em termos de saúde, temos uma falta de médicos brutal”. Questionado sobre o que poderia ser feito, considerando que o Governo atual tem aberto diversos concursos que ficam praticamente desertos, defende que “são concursos que estão à partida viciados por um tipo de política”, uma vez que há maior atratividade no privado e poucos médicos especialistas. Para contornar a situação, propõe um maior “investimento em formação de médicos especialistas e de um modelo que não obrigue, mas que proponha aos médicos, exclusividade no Serviço Nacional de Saúde”. “Se tivermos mais médicos especialistas e propusermos um regime de exclusividade, certamente o interior será mais apelativo”, conclui.

Outro aspeto considerado nas suas propostas são “as questões da intensividade e superintenividade agricultura”, que surgem como “um atentado para a saúde pública” e um “risco ambiental grande”.

Aponta que as políticas atuais “promovem este tipo de agricultura”, que no B.E. não consideram ser “sustentável a nenhum nível” e defende um melhor aproveitamento “da água do Alqueva para tipos de modelos de agricultura mais extensiva”.

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