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Nova Aldeia da Luz,no concelho de Mourão, integra exposição que representará Portugal na Bienal de Veneza de Arquitetura

 

A exposição do projeto “In Conflict”, que representará Portugal na Bienal de Veneza de Arquitetura, vai percorrer sete processos que marcaram a história da arquitetura de Portugal, nas últimas cinco décadas, com foco na habitação e na dimensão de interesse público desta disciplina.

Os curadores deste projeto, João Crisóstomo, Carlos Azevedo, Luís Sobral, sócios fundadores do atelier portuense, e Miguel Santos, curador-adjunto do projeto, centraram também o contributo para a Bienal de Arquitetura de Veneza na necessidade de debate das questões da habitação e da arquitetura de uma forma transversal, abrangendo várias áreas da sociedade.

Hashim Sarkis, curador-geral da 17.ª Exposição Internacional de Arquitetura de Veneza – marcada para os dias 22 de maio a 21 de novembro de 2020 – lançou, como guia para os participantes desta edição, o tema “How we will live together” (“Como vamos viver juntos”, em tradução livre).

De acordo com a notícia avançada pela Agência Lusa, o coletivo depA architects foi um dos cinco ateliers convidados, pela Direção-Geral das Artes, organizadora da representação nacional, para o concurso, acabando por vencer, com um projeto que inclui uma exposição, que será apresentada em Veneza, no Palazzo Giustinian Lolin, a partir de 22 de maio, e nove debates, divididos entre Lisboa, Porto e Veneza, o primeiro a acontecer este domingo, em formato ‘online’, sobre estratégias de habitação na capital.

Para a exposição, os curadores realizaram uma pesquisa que se centra em quase 50 anos da história recente do país, e passa por sete casos emblemáticos, com palco em diversas localidades portuguesas, desde as grandes metrópoles de Lisboa e do Porto, até ao interior do distrito de Leiria, e às regiões do Alentejo e do Algarve.

O chamado bairro dos “Índios da Meia Praia”, no concelho de Lagos, no Algarve, ligado ao projeto do Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), de habitação destinada às populações desfavorecidas, o Bairro do Aleixo, no Porto, demolido, mas deixando ainda vivo o problema social da população deslocada, o projeto “Cinco dedos”, em Chelas, Lisboa, do arquiteto Victor Figueiredo, o projeto de reconversão urbana dos estaleiros da Margueira, em Almada, dos arquitetos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, a nova Aldeia da Luz, no concelho de Mourão, Alentejo, a Ilha da Bela Vista, no Porto, e a reconstrução de sete casas destruídas pelos incêndios de 2017, em Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, completam os sete processos escolhidos pelo coletivo.

Devido à pandemia covid-19, a 17.ª Exposição Internacional de Arquitetura de Veneza, que deveria ter acontecido entre agosto e novembro de 2020, foi adiada para este ano, e, consequentemente, a 59.ª Bienal de Arte passou para 2022, como anunciou a organização.

 

 

 

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